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Cartunista narra vivência em hospital durante a pandemia

Caricatura publicada no livro

 

Durante o “ápice” da pandemia, um dos cartunistas mais celebrados da imprensa cearense, Carlos Henrique Santos Costa, mais conhecido como Guabiras, esteve internado no Hospital Fernandes Távora, e durante a jornada clínica, para passar o tempo o cartunista registrou tudo utilizando lápis, e papéis deixados na recepção do recinto. De toda esta epopeia resultou no livro “Como eu sobrevivi à Covid – 19 e seus amigos”.

Na obra, Guabiras relata desde seu descuido com a doença, os sintomas, a chegada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), e a transferência para o hospital. O enredo se perpassa durante o começo da primeira onda, em 2020, e com muita irreverência, marca indelével de Guabiras, o desenhista conta sua tragédia mostrando de início o pulmão diagnosticado com 40% comprometido, e que seria preciso ele se internar.

A rotina diária de um hospital inserido no inferno que uma pandemia causa, o cartunista destaca: “o médico me orientou a usar a imaginação como o artista que sou. Fixar as paredes, segundo ele, aguçaria minha criatividade, fazendo eu relaxar na energia do dom da criação. Uma dose de ânimo pra alma e pro espírito”. E assim descreveu todo o drama por ali vivenciado utilizando várias sátiras de humor.

Em trechos hilários do livro, Guabiras conversa com a caricatura do vírus, delirando sobre os países com o qual o desenho da doença esteve presente, e por assim a imaginação do desenhista é provocada no sentido de que em determinada circunstância o vírus ressalta: “nós estamos realizando grande impulso na raça de vocês; forçados a ficar dentro de suas casas, vocês acabaram ajudando o ecossistema do planeta a se regenerar, menos carros nas ruas, mais praias e oceanos limpos… Em 200 anos nunca a natureza esteve tão bela e satisfeita.”

Posteriormente a obra ressalva que Guabiras recebe alta, toma todos os cuidados, e se vacina.

Detentor de uma carreira vitoriosa, Guabiras no ano de 2003 publicou uma história em quadrinhos no Jornal EXTRA de Nova York (EUA). Em 2015, junto com a Equipe de Arte do Jornal O POVO, o cartunista ganhou o prêmio Esso de Jornalismo na categoria Criação Gráfica, e já foi eleito o Maior Cartunista do Brasil no Prêmio Angelo Agostini, em 2017.

 

 

 

 

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