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Caso Felca: SSPDS chama atenção para perigos online

Foto: Reprodução

Uma imagem ou vídeo postado online, conversas em aplicativos de mensagens ou interações em jogos eletrônicos. Todos os dias, crianças e adolescentes fazem uso de plataformas digitais para se comunicar, estudar ou se entreter. Recentemente, no YouTube, o criador de conteúdo Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, expôs como a ausência de supervisão por parte dos adultos pode favorecer a exposição indevida e até a sexualização de menores. Isso ocorre porque tanto algoritmos quanto usuários mal-intencionados podem explorar esses ambientes virtuais para abordagens abusivas e veiculação de conteúdos impróprios. Diante disso, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), por meio da Polícia Civil do Ceará (PCCE), faz um alerta sobre os perigos da exposição exagerada de crianças e adolescentes na internet e a necessidade de supervisão constante.

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A delegada Patrícia Sena, titular da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), destaca que, em muitos casos, os dispositivos eletrônicos são utilizados como “babás eletrônica”. No entanto, é essencial que os responsáveis fiquem atentos ao tipo de conteúdo publicado em perfis próprios e também nos perfis de influenciadores e canais seguidos pelas crianças. “Recomendo que essas publicações, sobretudo com crianças e adolescentes, sejam mais restritas possíveis, não coloque atualização, em tempo real, sobre locais visitados com os filhos, evitem expor às crianças trajes de banho, íntimo ou roupas curtas. A criança tem que ser tratada como criança, ela não tem que agir como adulto, ela não tem que se vestir como adulto, ela não tem que se maquiar como adulto. Ela tem que viver aquela infância, aquele período ingênuo, inocente. Ela tem que passar por cada fase. A gente não pode antecipar as fases”, alerta a delegada.

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No vídeo publicado, o influenciador Felca explica como os algoritmos funcionam e de que maneira indivíduos mal-intencionados se aproveitam da vulnerabilidade dessas ferramentas para explorar menores. “Esses criminosos acreditam que, por estarem atrás de uma tela, estão protegidos e impunes. Mas contamos com meios tecnológicos capazes de rastrear, identificar e reunir provas que possibilitam a abertura de inquéritos e a responsabilização desses indivíduos perante a Justiça”, afirma Patrícia Sena.

Em Fortaleza, a Dceca conta com o Núcleo de Investigação de Crimes Cibernéticos (NUICCA), que atua no suporte às investigações. A unidade funciona na Casa da Criança e do Adolescente, localizada no bairro São João do Tauape. Além da atuação da delegacia especializada, vítimas e seus familiares também têm acesso a atendimento sigiloso e humanizado, prestado por equipes da Perícia Forense do Estado (Pefoce), Conselho Tutelar, Defensoria Pública, Ministério Público e Poder Judiciário. No interior do estado, denúncias podem ser registradas em qualquer unidade da Polícia Civil.

Entre janeiro e julho de 2025, as delegacias cearenses já registraram 837 denúncias relacionadas a crimes sexuais contra crianças e adolescentes, segundo dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp). “Todas as denúncias são averiguadas para a respectiva investigação. Se o responsável ou qualquer outra pessoa presenciar uma situação em que a criança ou o adolescente esteja em situação de exploração ou maus-tratos, pode e deve denunciar. Se não tiver coragem de ir à delegacia, inicialmente, pode procurar o Disque-Denúncia 181 também. As informações serão repassadas e averiguadas, preservando a identidade do denunciante. Isso é uma missão de todos”, explica a delegada da Dceca, Patrícia Sena.

O Disque-Denúncia é um canal da Coordenadoria de Inteligência (Coin/SSPDS), que recebe informações via texto, áudio, vídeo e imagens pelos números 181 ou (85) 3101-0181 (WhatsApp). Também está disponível a plataforma “E-Denúncias”, via internet. Todas as denúncias são verificadas, e, a partir delas, é realizado um trabalho integrado de inteligência. O serviço funciona de forma ininterrupta, 24 horas por dia, e oferece um ambiente seguro e anônimo para que a população colabore com as investigações. Somente entre 1º de janeiro e 13 de agosto de 2025, foram recebidas 112 denúncias sobre crimes sexuais envolvendo crianças e adolescentes por meio desses canais. Os casos incluem situações de importunação sexual, exploração, abuso e outros crimes similares.

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