As doenças diarreicas agudas (DDA) são causadas por diversos agentes, como bactérias e vírus, e podem levar a uma inflamação do trato gastrointestinal. Após uma queda nos registros durante a pandemia de Covid-19, as internações de crianças de até 9 anos no Ceará por gastroenterite aumentaram 27% entre janeiro e julho de 2024, totalizando mais de 3.800 casos.
O Ceará ficou em terceiro lugar no Brasil em número absoluto de internações, com os meninos representando a maioria dos casos. O estado ficou atrás apenas do Maranhão (6.961) e do Pará (4.395), mas superou a Bahia (3.581) e São Paulo (3.088) em registros.
Apesar de as gastroenterites serem comuns na infância, os números de internação refletem apenas uma parte das crianças afetadas, uma vez que essas doenças não são obrigatoriamente notificadas. Segundo Carlos Garcia Filho, médico epidemiologista, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) monitora de perto surtos, que frequentemente ocorrem em diversas regiões do Estado.
A contaminação fecal-oral é a principal via de transmissão e medidas como acesso a água potável e boa higiene dos alimentos são essenciais para a prevenção. Durante a infância, especialmente entre 1 e 4 anos, as crianças são mais vulneráveis a complicações como desidratação, apresentando casos de diarreia causados principalmente por vírus como rotavírus e norovírus.
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