O número de nascimentos no Ceará chegou, em 2023, ao nível mais baixo dos últimos 20 anos. O dado é parte do levantamento mais recente das Estatísticas do Registro Civil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A tendência de queda, já observada desde 2001, ganhou força no cenário pós-pandemia. Em comparação com 2013, foram registrados 12 mil nascimentos a menos no Estado, uma redução que levou o total de 122.401 para 110.128 bebês nascidos vivos.
Contraste
Embora a queda tenha sido predominante, o retrato da natalidade cearense não é homogêneo. Das 184 cidades, 138 acompanharam a tendência de queda, com destaque para Fortaleza, que perdeu quase 9 mil nascimentos em uma década. Também registraram recuo municípios como Sobral, Barbalha, Crato e Maracanaú.
Os maiores índices de diminuição de nascimentos atingiram 47% em dois municípios. São eles, Ibicuitinga, que desceu de 201 para 106, e Ereré, que caiu de 89 para 47.
No entanto, há algumas exceções. Em 45 municípios, a quantidade de nascimentos subiu, contrariando a tendência estadual. Caucaia e Itaitinga se destacam, sendo esta última o município com o maior aumento proporcional no período analisado. O aumento foi de 82%. Eusébio, Aquiraz e Pacatuba também entram na lista.
Perfil dos Nascimentos
O levantamento do IBGE revela que o Ceará teve, em média, 9.177 nascimentos por mês em 2023. Maio liderou o ranking, com 9.959 registros, enquanto dezembro fechou o ano com o menor número (8.297). Os dados mostram uma maioria de nascimentos masculinos (51,1%), enquanto os nascimentos femininos representam 48,9%.
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