Nesta semana, o Ceará sedia o 8º Seminário Estadual de Vigilância em Saúde, que se encerra nesta quarta-feira (09/04). A iniciativa reúne profissionais do setor e estudantes da área para debater práticas de vigilância epidemiológica em diferentes contextos.

Uma das pautas que mais têm gerado atenção durante o encontro é o crescimento dos casos de Febre Oropouche no interior do estado. Embora o Ceará esteja atravessando um período com poucos registros de arboviroses, a concentração de ocorrências no Maciço de Baturité acende um sinal de alerta.
“Então, a nossa preocupação é com aquela região e também com monitoramento de outras regiões onde possam eventualmente ter introdução desse vírus, que são sobretudo as regiões de serra”, explicou.

Diferentemente de outras arboviroses, o combate ao transmissor da Oropouche, o Culicoides paraenses, não ocorre por meio de controle direto. As orientações preventivas se concentram em medidas de proteção individual, como evitar exposição no fim da tarde e utilizar roupas que cubram a pele. As infecções têm sido associadas principalmente a zonas rurais com cultivos de banana, chuchu e outras hortaliças.
Boletim Epidemiológico
Segundo o boletim mais recente da Sesa, 65 casos foram confirmados até o momento. A maior parte foi registrada em Aratuba (42), seguida por Baturité (22) e Mulungu (1). Homens representam 54% dos infectados e as faixas etárias com maior incidência estão acima dos 20 anos.
Os locais com maior incidência compartilham características ambientais semelhantes: áreas agrícolas situadas em vales ou encostas com água corrente, sombreamento natural, acúmulo de matéria orgânica e proximidade entre plantações e residências. Esse tipo de ambiente favorece a reprodução do vetor, tornando a vigilância nessas regiões ainda mais necessária.
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