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Ceará discute estratégias de vigilância para casos de Febre Oropouche

Nesta semana, o Ceará sedia o 8º Seminário Estadual de Vigilância em Saúde, que se encerra nesta quarta-feira (09/04). A iniciativa reúne profissionais do setor e estudantes da área para debater práticas de vigilância epidemiológica em diferentes contextos.

Ceará discute estratégias de vigilância para casos de Febre Oropouche
Foto: Bruno Renan/Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa)

Uma das pautas que mais têm gerado atenção durante o encontro é o crescimento dos casos de Febre Oropouche no interior do estado. Embora o Ceará esteja atravessando um período com poucos registros de arboviroses, a concentração de ocorrências no Maciço de Baturité acende um sinal de alerta.

“Então, a nossa preocupação é com aquela região e também com monitoramento de outras regiões onde possam eventualmente ter introdução desse vírus, que são sobretudo as regiões de serra”, explicou.

Ceará discute estratégias de vigilância para casos de Febre Oropouche
Mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora (Foto: Dive/Divulgação)

Diferentemente de outras arboviroses, o combate ao transmissor da Oropouche, o Culicoides paraenses, não ocorre por meio de controle direto. As orientações preventivas se concentram em medidas de proteção individual, como evitar exposição no fim da tarde e utilizar roupas que cubram a pele. As infecções têm sido associadas principalmente a zonas rurais com cultivos de banana, chuchu e outras hortaliças.

Boletim Epidemiológico

Segundo o boletim mais recente da Sesa, 65 casos foram confirmados até o momento. A maior parte foi registrada em Aratuba (42), seguida por Baturité (22) e Mulungu (1). Homens representam 54% dos infectados e as faixas etárias com maior incidência estão acima dos 20 anos.

Os locais com maior incidência compartilham características ambientais semelhantes: áreas agrícolas situadas em vales ou encostas com água corrente, sombreamento natural, acúmulo de matéria orgânica e proximidade entre plantações e residências. Esse tipo de ambiente favorece a reprodução do vetor, tornando a vigilância nessas regiões ainda mais necessária.

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