No primeiro semestre de 2024, o Ceará se destacou como o segundo estado com o melhor saldo de empregos, registrando a criação de 31.529 novas vagas. Apenas a Bahia superou esse número, com um saldo de 54.435 postos de trabalho no acumulado do ano e 8.899 em junho. Esses dados foram divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e constam no Boletim Macro Regional, publicado pelo Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste do FGV IBRE na terça-feira (17/09).
O Nordeste, como um todo, gerou 45.940 novas vagas em junho de 2024, um aumento em relação aos 33.182 empregos criados no mesmo mês do ano passado. Este é o maior incremento observado em 2024, refletindo uma recuperação no mercado de trabalho na região. Em junho, foram admitidas 281.900 pessoas e desligadas 236 mil, totalizando um estoque de mais de 7,7 milhões de empregos formais, com um crescimento relativo de 0,60% em comparação a maio de 2024.
Durante o mês de junho, todos os estados nordestinos apresentaram saldo positivo na criação de empregos, com destaque para Ceará, Bahia e Pernambuco. Esses três estados juntos responderam por 53,4% das novas vagas geradas na região, totalizando 24.500 empregos.
No acumulado do ano, o Nordeste criou mais de 142.300 empregos com carteira assinada e o saldo nos últimos 12 meses alcançou 334.400 vagas formais. Segundo o boletim, a performance do Ceará e da Bahia em 2024 foi notável, apesar de três estados nordestinos – Alagoas, Maranhão e Piauí – terem visto uma piora em relação ao ano anterior.
Em termos de setores, o de Serviços foi o principal responsável pela criação de empregos em junho, com 17.000 novas vagas. A Indústria veio em segundo lugar, gerando 10.300 postos, e o Comércio criou 9.600 vagas. O setor de Serviços é o mais representativo na economia nordestina, contribuindo com 72% do PIB regional.
No setor industrial, a Transformação criou quase 9.000 vagas, enquanto o setor de Informação e Comunicação no setor de Serviços registrou um saldo de 9.400 empregos. No Comércio, o varejo teve destaque com a adição de 6.200 vagas e a Construção, especialmente em obras de infraestrutura, gerou 1.800 novos empregos formais.
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