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Ceará e Reino Unido podem firmar parceria para impulsionar energias renováveis

Durante o evento G20, o Governo do Ceará planeja firmar um Acordo de Cooperação Técnica com o Reino Unido voltado ao desenvolvimento de energias renováveis no estado. A informação foi revelada pela secretária de Relações Internacionais do Ceará, Roseane Medeiros, enquanto participava do Proenergia Summit 2024, que acontece em Fortaleza.

Um exemplo de avanço nesse setor é o projeto da empresa Fortescue, que pretende instalar uma planta de hidrogênio verde (H2V) no Ceará, com financiamento de R$ 500 milhões aprovado pelo Banco do Nordeste (BNB). O valor é o tíquete máximo para uma única empresa.

“O banco está procurando outras formas de recursos porque o FNE não vai dar conta de financiar. De certa forma, nós queremos preservar o FNE [Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste] para a média empresa, segmentos que não estão tão em evidência como a energia está. Este é o momento que o banco vai procurar fundos e novas parcerias”, comentou Eliane Brasil, superintendente estadual do BNB.

Ceará e Reino Unido podem firmar parceria para impulsionar energias renováveis
Foto: Samuel Setubal/Especial para O Povo

Até 30 de agosto deste ano, o Ceará já havia recebido R$ 1,8 bilhão em créditos para projetos de energia limpa. No entanto, o valor deve ultrapassar os R$ 2,5 bilhões concedidos em 2023, dependendo dos novos projetos aprovados.

Segundo Roseane Medeiros, o Ceará tem uma posição de destaque no setor energético, o que torna a cooperação nessa área uma oportunidade estratégica. A visita recente do cônsul do Reino Unido ao estado reforçou o interesse britânico na compra de aço verde produzido em território cearense.

No entanto, a secretária ressaltou que, além da energia, outros setores precisam ser desenvolvidos para que a cadeia produtiva de energias renováveis cresça completamente. Ela destacou a necessidade de avanços em áreas como digitalização, educação e inclusão social, com foco na equidade de gênero.

Atualmente, o Ceará já possui 39 Memorandos de Entendimento (MoU) assinados para investimentos em hidrogênio verde. Desse total, seis já estão em fase de pré-contratos e três aguardam a obtenção de licenças. Roseane explicou que os pré-contratos já envolvem volumes significativos de investimento e que o próximo passo é viabilizar a estrutura necessária para o desenvolvimento da cadeia produtiva de H2V.

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