Nas Eleições Municipais de 2024, uma novidade foi a implementação da autodeclaração de pertencimento a comunidades quilombolas durante o registro de candidaturas. Com base no Portal de Dados Abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi registrado que 385 quilombolas foram eleitos em diferentes cargos ao redor do Brasil neste ano. Entre esses eleitos, 17 ocupam o cargo de prefeitos, 37 de vice-prefeitos e 331 são vereadores.
No recorte por gênero, 79 são mulheres e 302 são homens. Das mulheres eleitas, 72 assumiram a vereança, 2 se tornaram prefeitas e 5 foram eleitas vice-prefeitas. No caso dos homens, 256 foram eleitos vereadores, 15 prefeitos e 31 vice-prefeitos.
A Bahia se destaca entre os estados com o maior número de quilombolas eleitos, com 60 representantes, seguida por Minas Gerais (47), Pará (33), Goiás (30) e Tocantins (28). O município de Chapada da Natividade, em Tocantins, se tornou único no Brasil ao eleger oito vereadores quilombolas, representando a maioria da Câmara Municipal. Além disso, o prefeito eleito também se autodeclarou quilombola.
Em contraste, o Acre não elegeu nenhum quilombola em 2024. Já nos estados de Rondônia e Amazonas, um vice-prefeito e um vereador quilombola foram eleitos, respectivamente. No que diz respeito aos prefeitos quilombolas, Goiás lidera com quatro eleitos, seguido por Tocantins, com três. Bahia, Minas Gerais e Maranhão tiveram dois prefeitos quilombolas eleitos, enquanto Pará, Ceará, Piauí e São Paulo elegeram um prefeito quilombola em cada estado.
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