A chegada de julho marca o início de um período de forte impacto econômico para o Ceará, impulsionado principalmente pelo turismo. Estimativas da Secretaria do Turismo do Estado (Setur) indicam que cerca de 510 mil visitantes devem circular pelo território cearense ao longo do mês, o que representa um crescimento de 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Com o aumento do fluxo turístico, a expectativa é que a economia local receba uma injeção de receita estimada em R$ 1,96 bilhão, resultando em uma renda total de R$ 3,43 bilhões. A previsão é de que a ocupação hoteleira atinja uma média de 80%, com cerca de 209 mil hóspedes em Fortaleza e mais de 47 mil distribuídos pelos principais destinos turísticos do interior.
O incremento na movimentação é sustentado também pela expansão da malha aérea. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Ceará ampliou em 5% a oferta de voos domésticos durante a alta estação. Destinos como Jericoacoara, um dos mais procurados do estado, foram contemplados com novas rotas.
Receita x Renda
No setor do turismo, receita é o valor total que as atividades turísticas arrecadam diretamente. Por exemplo, o dinheiro gasto por turistas em hospedagem, alimentação, passeios, transporte e compras.
Já a renda representa o impacto econômico total gerado por essa receita, considerando toda a cadeia de serviços que se beneficia indiretamente. Por exemplo, fornecedores, trabalhadores, comércio local e prestadores de serviços.
Ou seja, enquanto a receita mostra o quanto o turismo arrecada, a renda mostra o quanto esse dinheiro se multiplica na economia.
Demanda Turística
A tendência de alta verificada no Ceará se reflete em todo o Nordeste, que continua a se firmar como um dos destinos mais procurados do turismo interno brasileiro, mesmo durante o inverno. Pernambuco, por exemplo, lidera o ranking de expansão de voos, com aumento de 44% nas conexões com Brasília.
A Bahia também se destaca, com alta de 17% em voos originados em São Paulo e crescimento de 7% em sua malha aérea total. A Paraíba, por sua vez, apresentou incremento de 20% nas rotas que partem de São Paulo, enquanto o Rio Grande do Norte teve um salto de 10% nos voos oriundos do Rio de Janeiro.
Desempenho Nacional
Em todo o país, o setor aéreo também segue em expansão. Segundo projeções do setor, serão disponibilizados mais de 11 milhões de assentos em cerca de 68,3 mil voos domésticos em julho. O número é 6% superior ao registrado em 2024. A Gol Linhas Aéreas lidera a malha, com previsão de mais de 27,5 mil operações, 70% delas concentradas no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
A LATAM, por sua vez, programou mais de 1.300 voos extras entre 23 de junho e 10 de agosto, com expectativa de transportar até 4,1 milhões de passageiros nesse período. Entre as novidades está a rota sazonal que conecta Congonhas (SP) a Aracaju (SE) e o reforço de frequências para destinos como Porto Seguro, Ilhéus, Manaus e Fortaleza, totalizando 23,1 mil voos domésticos.
Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, o cenário atual representa um avanço importante para o setor. “Vivemos um momento especial do turismo brasileiro, com mais voos, mais rotas e mais pessoas viajando pelo país, fortalecendo a nossa economia e posicionando o Brasil como um destino cada vez mais atrativo”, comentou.
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