Com foco na ampliação do acesso a serviços especializados para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o programa Ceará TEAcolhe, da Secretaria da Proteção Social (SPS), tem reforçado a atuação de instituições comunitárias em diversas regiões do Ceará. A iniciativa garante atendimento qualificado a crianças, adolescentes e familiares, evitando deslocamentos e promovendo inclusão.
O programa recebeu investimento de R$ 4 milhões e já beneficiou 40 organizações da sociedade civil, das quais 29 firmaram convênios e 11 estão em processo de formalização. Cada instituição recebeu R$ 100 mil para realizar, ao menos, 400 atendimentos ao longo da vigência do projeto.
Os serviços ofertados incluem fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional e orientação social. O intuito é oferecer o suporte próximo às residências das famílias.
Iniciativas
No bairro Autran Nunes, em Fortaleza, o Instituto Arte e Cor destaca-se por oferecer arteterapia e acompanhamento especializado para crianças de 3 a 17 anos com TEA. Segundo a assistente social Vânia Pinheiro, muitas famílias relatam melhora significativa com o suporte local, que inclui orientação sobre direitos sociais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família.
“Aqui é perto, tem todos os profissionais e vai ser ótimo para o desenvolvimento dele. As crianças atípicas são sensíveis e o deslocamento de ônibus é muito difícil. A gente precisa desse cuidado perto de casa”, comentou uma mãe, que teve o filho diagnosticado com autismo não verbal.
Outro espaço beneficiado é o Instituto Casa de Gui, também em Fortaleza, que ampliou sua capacidade para mais de 400 atendimentos mensais com o apoio do programa. A fundadora, Cláudia Maia Barreto, ressalta a importância da assistência aos responsáveis.
“Esse recurso foi um divisor de águas. Agora temos equipe e conseguimos cuidar não só das crianças, mas também dos cuidadores, com o projeto ‘Cuidando de quem Cuida’”, pontuou.
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