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Ceará já tem mais de 300 casos de Febre Oropouche em 2025

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) intensificou as ações de prevenção e vigilância contra a Febre Oropouche. A doença, transmitida pelo mosquito-pólvora, conhecido popularmente como maruim, ultrapassou os registros de 2024 e já soma 310 casos confirmados até o dia 5 de abril deste ano.

O avanço da doença, que até então se restringia ao interior, começa a alcançar áreas urbanas. Segundo a Sesa, os casos estão majoritariamente concentrados no município de Baturité (224), seguido de Aratuba (81), Capistrano e Mulungu, com um caso cada. Houve ainda registros em Fortaleza, Maracanaú e Quixadá, considerados casos “importados”, já que os pacientes haviam visitado a região afetada antes da infecção.

De acordo com o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antônio Lima Neto, a principal preocupação agora é o aumento da transmissão em áreas mais populosas. “Os criadouros de mosquitos já existem lá há décadas. O que facilitou foi a transmissão residual: pessoas portadoras da doença circularam nos municípios e, como já existe o mosquito nas regiões, houve a transmissão, que foi potencializada”, explica.

Ceará já tem mais de 300 casos de Febre Oropouche em 2025
Foto: Thamires Oliveira

O mosquito transmissor se desenvolve em ambientes com matéria orgânica acumulada, como folhas e frutos em decomposição. Ou seja, áreas de plantio, especialmente de banana e chuchu, são consideradas propícias para a proliferação.

Cuidados

Diferente da dengue, o mosquito maruim não vive dentro de casa. Por isso, o controle da doença exige estratégias que vão além do ambiente doméstico. A principal forma de prevenção é evitar a exposição ao mosquito, sobretudo em áreas com risco ambiental. Manter terrenos limpos, recolher folhas e evitar acúmulo de água parada são atitudes que ajudam a impedir a proliferação do vetor.

A Sesa orienta que a população utilize roupas compridas, aplique repelente nas áreas expostas do corpo e evite sair ao amanhecer e no fim da tarde, horários de maior atividade do vetor. A recomendação é especialmente importante para quem vive ou pretende visitar regiões serranas.

Além das orientações à população, equipes da Sesa têm realizado visitas técnicas aos municípios afetados. O objetivo é monitorar a situação, recolher vetores, identificar focos de proliferação e capacitar profissionais da saúde.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas da Febre Oropouche são semelhantes aos da Dengue e da Chikungunya. Os pacientes relatam febre alta, dores musculares e nas articulações, calafrios, náuseas e tontura. Em casos mais graves, são notadas manifestações neurológicas como meningoencefalite.

O diagnóstico é feito por meio do exame RT-PCR, preferencialmente nos primeiros cinco dias de sintomas. As amostras são analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), referência no diagnóstico da doença.

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