O Ceará permanece como referência nacional em alfabetização, segundo o Indicador Criança Alfabetizada (ICA), divulgado no último dia 11 de julho pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC). Em 2024, 102 dos 184 municípios cearenses avançaram no percentual de alunos alfabetizados ao final do 2º ano do Ensino Fundamental.
Entre os destaques estão Fortaleza, com taxa de 74,95%, além de Pires Ferreira e Poranga, que atingiram a marca de 100%. No total, nove cidades cearenses alcançaram a meta máxima de alfabetização, enquanto 16 não atingiram o patamar mínimo estipulado pelo MEC. As metas anuais são individualizadas e levam em conta as desigualdades regionais.
Cidades 100%
Coreaú | Piquet Carneiro | Pacujá |
Forquilha | Graça | Pires Ferreira |
Catunda | Novo Oriente | Poranga |

Por outro lado, Juazeiro do Norte apresenta o menor índice do estado, com 59,48% das crianças alfabetizadas. O nível é semelhante à média nacional, que é de 59,2%. A pesquisa, em seu segundo ano consecutivo, confirma o Ceará como o estado com melhor taxa de alfabetização do país e um dos que mais avançaram no comparativo entre 2023 e 2024.
Referência
Para o coordenador de Políticas Educacionais da Iniciativa Todos Pela Educação, Bernardo Baião, os resultados refletem uma política pública consistente, sustentada desde 2007. “A educação não traz resultados de forma muito imediata, por mais que os avanços aqui no compromisso sejam já relevantes, mas a expectativa que com o passar dos anos isso seja ainda mais ampliado como o Ceará vem fazendo”, comentou.
Em 2007, quando foi criado o Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC), apenas 40% das crianças cearenses concluíam o 2º ano do ensino fundamental alfabetizadas. Em 2011, o PAIC+5 passou a contemplar alunos até o 5º ano. Em 2015, o MAIS PAIC ampliou o atendimento até o 9º ano, reforçando o preparo dos estudantes para o Ensino Médio.
Avaliação
Atualmente, o ICA integra o Compromisso Criança Alfabetizada (CNA), lançado em 2023, que reúne União, Estados e Municípios para assegurar a alfabetização na idade certa e recuperar defasagens provocadas pela pandemia de Covid-19. O índice é calculado por meio de um teste aplicado aos estudantes, com 16 questões objetivas, três questões abertas e uma produção textual.
A escala é alinhada ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), sendo considerado alfabetizado o estudante que atingir, no mínimo, 743 pontos.
Segundo o Inep, são considerados alfabetizados os alunos que demonstram capacidade de leitura de palavras, frases e textos curtos, localizam informações explícitas e inferem sentidos em textos que articulam linguagem verbal e não verbal.
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