Desde que foi retomado pelo Governo Federal, o Programa Cisternas já entregou mais de 17,7 mil estruturas de abastecimento de água no Ceará, tornando o estado o maior beneficiado da iniciativa até agora. O número representa 46% das 40.994 contratações feitas entre 2023 e abril de 2025.
O programa tem como foco principal garantir água para comunidades rurais de baixa renda que convivem com a seca e a escassez hídrica, priorizando famílias inscritas no Cadastro Único. Criado em 2003, o programa foi reforçado nos últimos dois anos, beneficiando 14 estados brasileiros com diferentes tecnologias sociais de acesso à água.
Até abril de 2025, foram investidos R$ 679 milhões na instalação de 68,4 mil cisternas e sistemas alternativos de abastecimento. A meta é instalar 220 mil estruturas até o final de 2026, alcançando 905 municípios. Atualmente, 34% dessa meta já foi alcançada.

O investimento total previsto para essa nova fase do programa chega a R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 500 milhões provenientes de um edital lançado no fim de 2024. Esse edital também prevê a recuperação de 2,5 mil cisternas antigas e a construção de mais 50 mil novas tecnologias sociais. São elas: 46 mil cisternas de primeira água, quatro mil cisternas de segunda água e 245 cisternas escolares.
Além do Ceará, outros estados também se destacam pela execução avançada das obras. O Rio Grande do Sul entregou 248 cisternas (49% das contratadas), Minas Gerais instalou 6.764 (46%) e a Paraíba, 5.330 (46%). Pernambuco aparece em seguida, com 8,8 mil unidades (39%).
Outros estados também figuram bom desempenho na execução. São eles: Bahia, com 14.642 entregas (35%); Piauí: 6.921 (32%); Alagoas: 2.101 (31%); e Rio Grande do Norte: 2.619 (31%).
Atendimento ao Povo Yanomami
Em 2024, o programa passou a atuar com foco também nas comunidades indígenas. Com R$ 5 milhões de investimento, foram instalados 30 microssistemas comunitários na Terra Indígena Yanomami, no Amazonas. Até março de 2025, seis já estavam em funcionamento, com outros oito previstos até o fim do ano.
Essas estruturas coletam água superficial, realizam o tratamento e distribuem o recurso por meio de chafarizes de uso coletivo. Nesta nova fase, o Programa Cisternas incorporou diversas soluções tecnológicas, como cisterna de placas de 16 mil litros, cisterna calçadão, cisterna de enxurrada, cisterna escolar (10 mil e 52 mil litros) e sistemas pluviais multiuso, tanto autônomos quanto comunitários.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.