O Ceará se destaca como o estado com o maior percentual de jovens de 15 a 17 anos matriculados no Ensino Médio, tanto na rede pública quanto na privada, com uma taxa de 89,9%. Esse número é superior à média nacional, que fica em 81,2%, conforme o Anuário Brasileiro da Educação Básica, divulgado em 13 de novembro pelo movimento Todos Pela Educação, em parceria com a Fundação Santillana e Editora Moderna.
Em comparação com o ano de 2013, quando o índice de matrícula era de 70,7%, os dados de 2023 mostram um avanço na escolarização dos jovens cearenses. A taxa de aprovação no Ensino Médio também é alta, atingindo 96,8%, enquanto as taxas de reprovação e abandono são de apenas 1% e 2,2%, respectivamente.
No que se refere ao Ensino Fundamental, 94,1% das crianças entre 6 e 10 anos estão matriculadas nos anos iniciais dessa etapa, com uma taxa de aprovação que chega a 99,8%. Desse grupo, 84,5% dos alunos do 2º ano são considerados alfabetizados em Língua Portuguesa, a maior taxa de alfabetização para essa idade em nível nacional. Outro indicador é a baixa taxa de distorção idade-série entre essas crianças, com apenas 3,2% apresentando dois ou mais anos de atraso escolar, a menor do Brasil.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, 98,7% dos estudantes de 11 a 14 anos frequentam a escola, embora 10,4% deles apresentem atraso de dois ou mais anos em relação à série ideal. Aos 16 anos, 92,4% dos jovens do estado já concluíram o Ensino Fundamental.
Quanto à Educação Infantil, 42% das crianças de até três anos estão matriculadas, com as demais distribuídas entre as que enfrentam dificuldades de acesso (22%), aquelas que não frequentam por decisão dos responsáveis (33%) e outras razões (3%). Já na pré-escola, que é obrigatória, 4% das crianças de 4 e 5 anos não estavam matriculadas em 2023.
No âmbito nacional, o Censo da Educação Básica revela alguns desafios relacionados à formação de professores, com cerca de um terço dos docentes no Brasil não possuindo capacitação adequada para a disciplina que lecionam, piorando ainda mais nos anos finais do Ensino Fundamental. Na Educação Infantil, 20,5% dos docentes ainda não possuem graduação, embora no Ensino Médio essa proporção caia para 4%, com 96% dos professores possuindo algum nível de graduação.
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