
Das 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol que chegaram ao Ministério da Saúde, 64 unidades do medicamento foram destinadas ao Ceará. A substância será utilizada para tratar intoxicação por metanol. Até o momento, sete dos oito casos suspeitos no Estado foram descartados. A aquisição ocorreu oito dias após o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acionar o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O medicamento é considerado raro devido à baixa produção mundial e chega ao país em meio a onda de intoxicação de pessoas que ingeriram bebida alcoólica adulterada. De acordo com Mariângela Simão, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, o antídoto chega para ser mais uma opção de tratamento desses pacientes
“Já temos no Brasil o etanol disponibilizado em todas as unidades da federação. O que estamos oferecendo agora é uma segunda opção, o fomepizol, adquirido via Opas com apoio da Anvisa: são 2.500 ampolas que já estão sendo entregues. O objetivo é que todos os Estados do país tenham à disposição tanto o etanol quanto o fomepizol”, afirmou.
Com eficácia segura e comprovada, o antídoto à base de fomepizol impede que o metanol se metabolize em ácido fórmico, evitando acidose metabólica, um dos principais efeitos da intoxicação.
Dados sobre intoxicação por metanol
Até as últimas atualizações realizadas nesta segunda-feira (13/10), o Brasil registrou 213 notificações de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas. No total, 32 casos foram confirmados. Até o momento, as cinco mortes em decorrência desse cenário ocorrem em São Paulo.
No Ceará, a Secretaria de Saúde de Juazeiro do Norte descartou o caso que estava em investigação no município. A suspeita envolvia um homem de 56 anos, que morreu na última quinta-feira (09/10). De acordo com a pasta, o paciente tinha histórico de consumo frequente de álcool e outras comorbidades.