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Ceará registra mais de 123 mil matrículas na educação especial

Nos últimos dez anos, o Ceará registrou um crescimento na inclusão de estudantes na educação especial. De acordo com dados do Censo Escolar 2024, o Estado conta agora com 123.367 matrículas nessa modalidade, o que representa um aumento de 26% em relação ao ano anterior, que teve 97.767 alunos registrados. Em números absolutos, foram mais de 25 mil novas matrículas em apenas um ano.

Entre 2014 e 2024, o número de estudantes com deficiência, transtornos do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação triplicou nas escolas da rede cearense. Esse aumento abrange todos os perfis de estudantes, desde a educação infantil até o ensino médio, incluindo também a EJA (Educação de Jovens e Adultos) e o ensino profissional.

A maior parte dessas matrículas (56,6%) é de estudantes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que somaram 69.888 alunos em 2024. Pela primeira vez, esse grupo superou os estudantes com deficiência intelectual, que historicamente ocupavam o maior número dentro da educação especial. Em 2020, o número de alunos com autismo nas escolas do Ceará era de 14.181, o que mostra um crescimento de quase cinco vezes em apenas quatro anos.

Ceará registra mais de 123 mil matrículas na educação especial
Foto: Kerolyn Leigue/Seas

Apesar desse avanço nas matrículas, a estrutura para Atendimento Educacional Especializado (AEE) não cresceu no mesmo ritmo. Em 2014, o Ceará contava com 1.118 instituições oferecendo o serviço. Hoje, são 2.469 unidades. Embora tenha mais que dobrado em uma década, essa expansão ainda não é suficiente. Atualmente, há cerca de 50 alunos para cada instituição com AEE.

O AEE é uma ferramenta pedagógica voltada para promover a acessibilidade ao currículo e eliminar barreiras de aprendizagem. Ele não substitui o ensino regular, mas funciona como apoio à inclusão plena desses estudantes nas atividades escolares. No Ceará, nove municípios não possuem nenhuma escola que ofereça esse tipo de atendimento, mesmo com alunos matriculados na modalidade. São eles: Aiuaba, Araripe, Aurora, Chaval, Orós, Potengi, Salitre, Santana do Cariri e Tarrafas.

A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (09/04) pelo Ministério da Educação (MEC). A realização do levantamento foi do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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