O Censo Demográfico de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trouxe pela primeira vez dados oficiais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil. No Ceará, são 126.548 pessoas diagnosticadas com autismo, representando 1,4% da população cearense.
No ranking nacional, o estado tem o terceiro maior percentual de autistas em relação à população total, ficando atrás apenas do Acre (1,6%) e do Amapá (1,5%). Em números absolutos, é o sexto estado com mais pessoas com autismo, ficando atrás de São Paulo (547 mil), Minas Gerais (228 mil), Rio de Janeiro (214 mil), Bahia (144 mil) e Paraná (132 mil).
Perfil
Mais da metade (52%) dos autistas no Ceará são crianças e adolescentes. A faixa entre 20 e 59 anos concentra 47.245 pessoas com TEA, enquanto os idosos somam 12.474 casos. Outro dado apresenta 34 pessoas com 100 anos ou mais diagnosticados com TEA. Esse é o quarto maior número de centenários com o transtorno no Brasil.
O levantamento também revelou uma diferença em se tratando do gênero. Os homens representam a maioria entre os diagnosticados, com 79.245 casos, contra 47.303 mulheres.
O Censo também identificou 875 indígenas com TEA no Ceará, o terceiro maior número absoluto do Nordeste. Nacionalmente, são 17.463 indígenas com autismo, o equivalente a 1% dessa população.
Obstáculos
Apesar da relevância, o próprio IBGE apontou limitações na metodologia. Como não há profissionais de saúde aplicando os questionários, o dado se baseia em auto-relato de diagnóstico formal. Os dados foram colhidos por meio da pergunta: “Já foi diagnosticado(a) com autismo por algum profissional de saúde?”.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.