As Doenças Diarreicas Agudas (DDAs) – que abrangem as gastroenterites, também conhecidas como virose da mosca – continuam sendo uma preocupação no Ceará, especialmente durante períodos de chuva. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), entre o final de dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, foram registrados 65.260 casos.
Na primeira semana de março, esse número saltou para 69.400, um aumento de 6,34%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, que registrou 68.919 casos, o percentual cresceu 0,70%.
Os números mostram uma tendência de alta nos últimos anos. Em 2024, o Ceará contabilizou mais de 367 mil casos, um crescimento de 53,71% frente a 2023. Na ocasião, foram registrados 239 mil casos. Esse foi o maior índice da última década.
Em se tratando de Fortaleza, foram notificados 4.211 casos das DDAs em fevereiro deste ano, um crescimento de 37,8% em relação a janeiro. Na época, foram 3.056 casos. No acumulado do ano, o município já soma mais de 7.200 registros, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Grupos vulneráveis, sintomas e tratamento
Essas infecções gastrointestinais atingem principalmente crianças menores de cinco anos e idosos. Também estão entre os mais vulneráveis as gestantes e os indivíduos com imunidade comprometida.
O risco de contaminação aumenta com as chuvas frequentes, especialmente para quem vive em áreas afetadas por alagamentos. Isso porque a água parada pode conter micro-organismos que contaminam o solo e os alimentos, favorecendo a disseminação da doença.
Entre os principais sintomas estão diarreia, vômitos, dores abdominais e mal-estar geral. O maior risco está na desidratação, que pode ser grave em alguns casos. Nesse caso, o tratamento tem como foco a hidratação constante, com ingestão de líquidos e alimentação leve.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.