Em janeiro de 2025, o Brasil registrou 162 pedidos de Recuperação Judicial (RJ), representando um aumento de 8,7% em comparação com o mesmo período no ano passado. Os dados são do Indicador de Falências e Recuperações Judiciais da Serasa Experian. Embora o cenário nacional mostre uma crescente busca por essa medida, o Ceará seguiu um caminho oposto, com uma redução no número de solicitações, caindo de três, em janeiro de 2024, para apenas uma, em janeiro deste ano.
O crescimento nas solicitações de recuperação judicial no Brasil foi impulsionado principalmente por micro e pequenas empresas, que somaram 79,6% do total. Os setores mais afetados foram: Serviços (54 pedidos), Indústria (47), Setor Primário (42) e Comércio (19).
Nesse cenário, o aumento nos pedidos de recuperação judicial evidencia a importância de um planejamento e uma avaliação financeira contínuos para identificar sinais precoces de problemas, viabilizando a tomada de medidas necessárias para evitar crises maiores. Por isso, o controle do fluxo de caixa e o ajuste constante ao mercado são essenciais para garantir que as empresas tenham recursos para enfrentar desafios imprevistos.

Apesar do aumento de 61,8% nas recuperações judiciais em 2024, o que resultou em 2.273 pedidos no ano, muitos empresários ainda não adotam práticas adequadas de gestão financeira. Esse número, o maior desde o início da série histórica, é um reflexo das dificuldades econômicas enfrentadas pelas empresas brasileiras. Por exemplo, em 2024, grandes empresas, como Gol Linhas Aéreas, Casas Bahia, Polishop e Bombril, recorreram à recuperação judicial em 2024.
A combinação de fatores, como altas taxas de juros, inadimplência crescente, instabilidade política e mudanças climáticas, tornou o ambiente econômico ainda mais instável. Para enfrentar essa pressão, muitas empresas buscaram a recuperação judicial como forma de reestruturar suas dívidas e evitar o colapso.
Em se tratando dos pedidos de falência, houve uma queda de 20,3% em janeiro de 2025, com 55 solicitações, em comparação com 69 no mesmo mês do ano anterior. A maior parte das falências foi solicitada por micro e pequenas empresas (31 pedidos), seguidas pelas médias (13) e grandes empresas (11).
Entre os setores, o de Serviços foi o mais afetado, com 30 pedidos. Em seguida, aparecem a Indústria, com 13 solicitações, e o Comércio, com 12. O Setor Primário não registrou pedidos de falência em janeiro de 2025.
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