Entre os meses de janeiro e maio de 2025, o Ceará alcançou US$ 32,4 milhões em exportações de rochas ornamentais. O valor é mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de US$ 14,3 milhões. A informação consta no estudo Comex Rochas Ornamentais, produzido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).
Com esse desempenho, o Ceará figura como o terceiro maior exportador de rochas ornamentais no Brasil, ficando atrás apenas dos estados do Espírito Santo (US$ 507 milhões) e Minas Gerais (US$ 50,6 milhões). Além disso, a participação desse segmento nas exportações totais do estado aumentou, passando de 1,7% em 2023 para 2,8% em 2024 e atingindo 4,2% nos cinco primeiros meses de 2025.
O crescimento do setor reflete também a ampliação da base produtiva, que hoje conta com mais de 70 empresas dedicadas à extração e pesquisa dessas pedras, número cinco vezes maior do que o registrado há uma década. Os dados são do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (SIMAGRAN).
“O Ceará é destaque na exportação de rochas ornamentais, principalmente daquelas ricas em sílica. Além disso, temos rochas exclusivas no estado, o que torna o Ceará globalmente competitivo”, disse Karina Frota, gerente do CIN.
O presidente do SIMAGRAN, Carlos Rubens Alencar, ressalta que o Ceará é atualmente a principal fronteira nacional das pedras naturais. O destaque é o Quartzito Taj Mahal, produzido exclusivamente pela Vermont Mineração, considerado o mais cobiçado no mercado mundial.
Outras variedades de pedras incluem Perla Venata, Matira, Nayca, Avohai, Perla Santana, Taj Gang e Perla Murano. Entre os municípios com potencial de exploração de rochas superexóticas, estão São Gonçalo do Amarante, Massapê, Banabuiú, Itaitinga e Icó.
As exportações cearenses foram impulsionadas principalmente por três mercados: Itália, Estados Unidos e China. A Itália lidera as compras, com US$ 18,2 milhões (56% do total), seguida pelos Estados Unidos, com US$ 7,6 milhões (23%), e China, que apresentou o maior crescimento percentual, alcançando US$ 5,1 milhões em exportações, alta de 175%.
No interior do Ceará, Uruoca lidera o ranking de municípios exportadores, com US$ 8,7 milhões e um aumento de 219,5%. Caucaia e Santa Quitéria também figuram entre os principais polos, registrando US$ 5,2 milhões (+122%) e US$ 3,3 milhões (+37,3%), respectivamente.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.