O Ceará figura como o terceiro estado do Nordeste em valor de transformação industrial (VTI), alcançando uma participação de 14,8%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (27/06). Em 2022, o universo industrial cearense, composto por 5,5 mil Unidades Locais (ULs) com 5 ou mais pessoas ocupadas, gerou um VTI total de R$ 32,7 bilhões. Esse valor é resultado da diferença entre os R$ 78,0 bilhões de valor bruto da produção industrial e os R$ 45,3 bilhões de custos operacionais.
A pesquisa industrial destacou mudanças significativas na composição do VTI ao longo dos anos. O destaque foi para o setor de metalurgia, que viu sua participação crescer de 4,2% para 15,5% entre 2013 e 2022.

No Ceará, os setores de maior destaque no ranking do VTI são liderados pela atividade de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, contribuindo com 15,8% do VTI. Em seguida, destacam-se metalurgia (15,5%), fabricação de produtos alimentícios (15,3%), fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,9%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (7%).
Emprego e salários
A Pesquisa Industrial Anual revelou que, em 2022, o Ceará empregava 242 mil pessoas no setor industrial, sendo 98,6% nos segmentos de transformação. Apesar de um declínio de 3,4% no número de trabalhadores entre 2013 e 2022, alguns setores como manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos apresentaram crescimento significativo de 84,5%.
O salário médio na indústria cearense em 2022 foi de 1,7 salário mínimo, refletindo um aumento de 3,2% desde 2013. Destaca-se também a estabilidade nos salários médios dos setores de preparação de couros e metalurgia, com variações significativas ao longo da última década.
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