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Ceará tem a segunda maior taxa de mortes de motociclistas no Brasil, aponta levantamento

O Ceará ocupa a segunda posição no ranking nacional de mortes de motociclistas no trânsito, ficando atrás apenas do Piauí. A informação é do Atlas da Segurança, divulgado recentemente, e acende um alerta sobre a realidade enfrentada por quem circula sobre duas rodas no estado.

Segundo o levantamento, seis em cada dez vítimas fatais no trânsito cearense são motociclistas. Embora o número total de mortes no trânsito tenha apresentado uma redução expressiva de quase 41% entre 2013 e 2023 — passando de 2.362 para 1.394 óbitos —, a quantidade de motociclistas mortos cresceu no mesmo período: de 757 para 830 vítimas fatais.

O aumento está diretamente relacionado ao crescimento da frota e às mudanças na dinâmica do trabalho sobre duas rodas. Só em Fortaleza, circulam atualmente cerca de 380 mil motocicletas, conforme dados do Ministério dos Transportes. Parte significativa desse total está ligada ao trabalho com entregas, modalidade que se intensificou no cenário pós-pandemia.

O Sindimotos, sindicato que representa os motoboys e entregadores, reconhece os riscos enfrentados pelos trabalhadores e afirma que realiza campanhas de conscientização. “É muito pesado para quem está em cima de uma motocicleta passar 14 horas trabalhando. Para ter uma renda razoável, o entregador precisa fazer, no mínimo, quatro entregas por hora”, explica o presidente da entidade, Glauberto Maia. “A que custo e a que velocidade essas entregas estão sendo feitas? Isso impacta diretamente na segurança”, pontua.

Diante do cenário, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) reforça que atua em várias frentes para tentar conter o avanço das tragédias. “Além das fiscalizações eletrônicas e ações educativas, trabalhamos junto com as forças de segurança para combater comportamentos que colocam vidas em risco”, afirmou André Luís Barcelos, gerente de operação e fiscalização da AMC. “Esse tipo de conduta não coloca em risco apenas o motociclista, mas também qualquer outro cidadão que compartilha o trânsito.”

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