Em 2023, o número de nascimentos no Ceará seguiu em queda e chegou ao menor nível desde 2001. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram 110.128 crianças nascidas e registradas até março de 2024, uma redução de 0,9% em relação a 2022.
A tendência de queda, que já vem sendo registrada desde 2018, mostra uma mudança no perfil demográfico do Estado. Comparado à média anual entre 2015 e 2019, houve uma redução de 13,6% nos nascimentos. Especialistas apontam que a queda na natalidade e na fecundidade, somada aos efeitos da pandemia, ajuda a explicar esse cenário.
A maioria dos nascimentos aconteceu no primeiro semestre, com destaque para maio, que teve quase 10 mil nascimentos. Já dezembro foi o mês com o menor número. O recorte por sexo mostra equilíbrio: 51,1% dos bebês eram meninos e 48,9%, meninas.
Quando se observa a idade das mães, o grupo de 25 a 29 anos lidera, com 29.065 nascimentos (25,8%). A faixa de 20 a 24 anos vem logo atrás, com 25.112. A participação de mães com menos de 20 anos caiu, sinalizando uma mudança no padrão reprodutivo.
Óbitos, Casamentos e Divórcios
Os óbitos também caíram: foram 57.948 em 2023, 6,7% a menos que em 2022. A maioria ocorreu entre pessoas com 70 anos ou mais. No total, 54,4% das mortes foram nessa faixa etária, com leve predominância feminina.
Por outro lado, houve 35.214 registros de casamento em 2023, uma alta de 2% em comparação com o ano anterior. Entre esses, 499 foram de casais do mesmo sexo, sendo a maioria entre mulheres. Em relação à faixa etária, cresceu a proporção de cônjuges com 35 anos ou mais.
Já os divórcios somaram 12.869 no ano, uma queda de 1,4% em relação a 2022. A maior parte (85%) foi decidida na Justiça. Em se tratando da guarda compartilhada de filhos menores, houve um salto de 5,6% em 2014 para 34,8% em 2023.
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