O Ceará já contabiliza 636 casos confirmados de febre oropouche entre janeiro e meados de junho de 2025, segundo dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Embora o número de registros ainda cresça semanalmente, a velocidade das notificações tem diminuído. Na semana de 8 a 14 de junho, por exemplo, nenhum novo caso foi registrado. Três gestantes estão entre os infectados e seguem sob acompanhamento. Não há óbitos relacionados à doença no estado até o momento.
A circulação do vírus segue limitada ao Maciço de Baturité, onde a febre oropouche foi identificada pela primeira vez em 2024. No ano passado, os municípios de Aratuba e Capistrano lideraram os registros. Já em 2025, Baturité passou a concentrar cerca de 70% dos casos confirmados, com 438 notificações. Aratuba ocupa o segundo lugar, com 121.
O número atual mais que dobrou o total de diagnósticos registrados ao longo de 2024, quando foram confirmados 254 casos. A confirmação da doença é feita por exame laboratorial, já que os sintomas se assemelham aos de outras arboviroses, como a dengue. O Ministério da Saúde considera suspeitas as ocorrências em que o paciente apresenta febre por mais de cinco dias, dor de cabeça forte e pelo menos dois dos seguintes sintomas: dores no corpo, calafrios, sensibilidade à luz, tontura, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, diarreia, sinais neurológicos e manifestações hemorrágicas em casos mais graves.
Diferente da dengue, a febre oropouche é transmitida pelo mosquito maruim. Por isso, as medidas de prevenção também são distintas. Entre as principais orientações estão o uso de roupas que cubram a pele, aplicação de repelentes, instalação de telas de proteção em portas e janelas e a limpeza de terrenos e áreas de criação de animais.
Enquanto o Ceará não registra mortes pela doença, o estado do Rio de Janeiro confirmou, recentemente, a quarta vítima fatal. A paciente era uma mulher de 38 anos, moradora de Nilópolis, na Baixada Fluminense, que faleceu após visitar um parque da cidade e ser internada. A causa foi confirmada por análises do Lacen-RJ e da Fiocruz.
As outras três mortes foram registradas nos municípios de Cachoeiras de Macacu, Paraty e Macaé. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, os casos são considerados isolados e, até agora, não houve novos registros graves ou hospitalizações nas áreas afetadas. A pasta, com apoio do Ministério da Saúde, tem reforçado as ações de vigilância epidemiológica e controle do vetor.
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