De acordo com levantamento IPC MAPS 2024, em todas as faixas de renda, habitação e e veículo próprio são prioridades de consumo para a população cearense.
A pesquisa detalha que as classes B, C e D/E são aquelas que tem uma maior parcela do potencial de comprar uma habitação. Érico Veras, pesquisador de finanças comportamentais, afirma que isso tem relação com a necessidade de segurança, sendo algo que histórico no Brasil, diferente de outros locais com melhor índices de seguridade.
Enquanto isso, a Classe A, primeiramente, tem a potencialidade de ter um consumo focado em adquirir um veículo próprio. Veras explica que esse desejo acontece em classes mais altas devido a uma constante busca por status. O pesquisador revela que potencial de consumo de automóveis próprios da classe A é 23% maior que as classes D e E.
A pesquisa IPC MAPS 2024 ainda revela que a proporção da alimentação no potencial de consumo é maior quando a renda é mais baixa. Contudo, na população, a alimentação é apenas o 1uinto item de maior potencial de consumo, ficando atrás de planos de saúde e materiais de construção.
Enquanto isso, as classes C, D e E têm a alimentação no domicílio como o segundo item com maior probabilidade de consumo, ficando atrás somente de habitação. Já em relação ao veículo próprio, ele ocupa a terceira posição no potencial de consumo para esta parcela da população.
O consumo com habitação, considerando os dados gerais do Ceará, é o equivalente a 22% do total, seguido por gastos com alimentação em casa, com 12,1%, e com o meio de transporte próprio, com 10,7%.
O levantamento detalha que as famílias cearenses gastam mais do que a média nacional em relação a alimentação no domicílio e fora de casa, sendo a taxa de todo o país de 9,2%, ficando quase dois pontos abaixo do Ceará. Já em relação a refeições fora de casa, a população brasileira destina 4,6% em média para este tipo de consumo, enquanto os cearenses tem um índice de 5,3%.
Responsável pelo IPC Maps, Marcos Pazzini, explica que esse percentual é mais elevado é uma das características dos estados nordestinos. “Como a população é mais concentrada em baixa renda no Nordeste, em geral, do que no Brasil, o peso de alimentação no domicílio é maior. Para alimentação fora do domicílio, normalmente tem uma classe alta separada de uma classe baixa, que o pessoal gasta mais com uma alimentação fora do domicílio, sai mais de casa para comer”, diz Pazzini.
Além disso, os cearenses também têm um comportamento diferente em relação ao consumo com habitação. A pesquisa revela que as famílias do Estado dedicam 22,8% do consumo total com a moradia, ficando 2,5 pontos percentuais a menos que a média nacional.
A região do Nordeste é a terceira com a maior taxa de consumo, com 17,9% do total. O segundo colocado nesse quesito é o Sul, concentrando 18,6% do consumo do Brasil, ficando atrás somente do Sudeste, tendo 48,9% do consumo nacional.
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