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Censo 2022 mostra que 20% da população cearense reside em favelas

Os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram um panorama sobre as favelas e comunidades urbanas no Ceará. A pesquisa identificou um total de 12.348 favelas e comunidades urbanas no país.

A capital é uma das áreas de maiores densidades de favelas e comunidades urbanas no estado. A nível estadual são 702 favelas, sendo 503 apenas em Fortaleza. A maior delas é a favela Santa Elisa, no bairro Pirambu, com o total de 24.409 habitantes. Conforme o Censo, o número de favelas triplicou no período de 12 anos, chegando a 30 municípios.

Em relação à composição demográfica, as favelas do Ceará apresentam uma realidade de predominância de jovens. A idade mediana da população, como em outras partes do Brasil, tende a ser mais baixa que a média nacional de 35 anos. A estimativa é que a média de idade seja em torno de 30 anos, com uma proporção significativa de crianças e adolescentes.

A população na periferia cearense é, predominantemente, composta por pessoas negras e pardas, com proporções superiores às observadas na média nacional. Em 2022, 56,8% da população das favelas brasileiras se declarou parda e 16,1% se declarou preta.

Censo 2022 mostra que 20% da população cearense reside em favelas
Foto: Tarcísio Garcia/Fortaleza em Fotos

Água e Esgoto

O Censo também forneceu dados sobre a infraestrutura nas favelas cearenses. O acesso à água potável segue a tendência observada em outras partes do Brasil, com cerca de 86,4% dos domicílios tendo acesso à rede geral de abastecimento de água. Este número é superior à média nacional de 83,9%.

No entanto, o esgotamento sanitário continua sendo uma preocupação. A média nacional de domicílios com acesso à rede de esgoto nas favelas é de 74,6%, um dado um pouco abaixo da média geral de 77,4% do Brasil. No Ceará, é possível que a proporção de domicílios em favelas com esgoto seja similar ou até um pouco inferior.

Coleta de Lixo

Quanto ao serviço de coleta de lixo, o Ceará também segue a média nacional, com 96,7% dos domicílios das favelas sendo atendidos por algum tipo de serviço. No entanto, 20,7% dessas residências recebem o serviço por meio de caçambas, já que a coleta regular não chega a todos os locais.

Desafios

O Ceará enfrenta alguns desafios em relação à desigualdade social e territorial, refletida nas favelas e comunidades urbanas. A região metropolitana de Fortaleza, com suas comunidades urbanas, concentra uma parte significativa da população em condições de maior vulnerabilidade, sem acesso adequado a serviços de saúde, educação e saneamento, além de enfrentar desafios na geração de empregos e na oferta de políticas públicas eficientes.

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