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Censo 2022 registra 8.568 localidades indígenas no Brasil

Em 2022, o Censo identificou a existência de 8.568 localidades indígenas no Brasil, distribuídas em todos os estados e no Distrito Federal. Essas localidades são definidas como aglomerados permanentes com 15 ou mais moradores indígenas, organizados de forma próxima, tanto em áreas urbanas quanto rurais, dentro ou fora de terras indígenas reconhecidas. São inclusas aldeias, comunidades, sítios, acampamentos e outras formas de organização socioespacial.

Do total de localidades indígenas, 6.130 (71,55%) estavam situadas em terras indígenas declaradas, homologadas, regularizadas ou encaminhadas como reservas indígenas. Outras 2.438 localidades (28,45%) estavam fora dessas áreas.

A Região Norte concentrou a maior parcela das localidades indígenas, com 5.158 (60,20% do total) e 753.780 pessoas indígenas, representando 44,47% da população indígena do país. O Nordeste veio em seguida com 1.764 localidades (20,59%); seguido pelo Centro-Oeste, com 1.102 (12,86%); Sul, com 308 (3,59%); e Sudeste, com 236 localidades (2,75%).

Censo 2022 registra 5.972 localidades indígenas no Brasil
Foto: Marta Antunes

Entre as localidades fora de terras indígenas reconhecidas, os maiores percentuais foram registrados no Rio Grande do Norte e no Distrito Federal, ambos com 100%, onde não existem terras indígenas reconhecidas. Outros estados com elevados percentuais de localidades foram dessas áreas incluem o Piauí (97,56%), o Ceará (79,50%) e o Rio de Janeiro (75,00%). Em números absolutos, o Amazonas liderou com 1.078 localidades fora de terras indígenas, seguido por Pernambuco (237), Pará (187), Ceará (159) e Bahia (138).

A maior parte das localidades indígenas estava em áreas rurais (96%), com apenas 378 localidades (4%) em áreas urbanas. Contudo, em termos populacionais, 53,97% dos indígenas (914.746 pessoas) viviam em áreas urbanas, um aumento de 181,6% em relação a 2010, enquanto 46,03% (780.090 pessoas) estavam em áreas rurais. A idade mediana da população indígena variou entre 18 anos em áreas rurais dentro de terras indígenas e 32 anos em áreas urbanas fora dessas áreas.

A análise revelou uma redução no analfabetismo indígena de 2010 a 2022, de 23,4% para 15,05%. No entanto, as taxas ainda são mais elevadas do que a média nacional (7%). O acesso a serviços básicos, como água e saneamento, também revelou desigualdades. Em áreas urbanas fora de terras indígenas, apenas 59,24% da população indígena tinha acesso a saneamento adequado, em comparação com 83,05% da média da população urbana.

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