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Central de Transplantes do Ceará registra 1.378 procedimentos em 2025

Até 1º de setembro de 2025, a Central de Transplantes do Ceará (Cetra) registrou 1.378 procedimentos envolvendo órgãos, tecidos e medula. O transplante renal é o mais frequente entre os órgãos sólidos, com 182 cirurgias, seguido pelo fígado, com 153. Em relação aos tecidos, foram contabilizados 922 transplantes. No ano passado, o Estado alcançou 2.209 cirurgias, o maior número desde o início dos procedimentos, em 1998.

Central de Transplantes do Ceará registra 1.378 procedimentos em 2025
Foto: Jéssica Fortes/ Ascom HM

A Cetra, vinculada à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), é responsável por coordenar todas as etapas: desde a identificação de potenciais doadores até o transporte e entrega dos órgãos aos receptores. O processo exige planejamento e envolve equipes multiprofissionais.

Processo

O tempo de preservação dos órgãos é um fator decisivo. De acordo com o Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, coração, pulmão e intestino devem ser transplantados em até quatro horas após a retirada. Fígado e pâncreas resistem, em média, 12 horas, enquanto os rins podem aguardar até 48 horas. Nesse intervalo ocorre a isquemia, quando o órgão deixa de receber sangue, oxigênio e nutrientes.

Central de Transplantes do Ceará registra 1.378 procedimentos em 2025
Foto: Jéssica Fortes/ Ascom HM

O processo começa com a constatação de morte encefálica. A partir daí, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) notifica a Central. Uma equipe multidisciplinar é então acionada para conversar com os familiares, prestar esclarecimentos e oferecer a possibilidade de doação. A continuidade do processo só é possível após autorização da família.

“Hoje a doação só ocorre após a autorização familiar. Há uma equipe capacitada em comunicação e entrevista familiar. Essa equipe vai acolher essa família e vai estabelecer uma relação de ajuda inicialmente. Depois que a família compreende que seu ente querido está morto, então é oferecida a oportunidade da doação de órgãos”, explica Eliana Barbosa, coordenadora da Central.

Doação

Com a autorização, os profissionais realizam a retirada dos órgãos e organizam o transporte até a unidade onde ocorrerá o transplante. A maior parte é feita por via terrestre, mas, quando necessário, aeronaves da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) são utilizadas. Paralelamente, o receptor é preparado para a cirurgia, após confirmação de compatibilidade e avaliação de suas condições clínicas.

Central de Transplantes do Ceará registra 1.378 procedimentos em 2025
Foto: Ascom SSPDS

A Central de Transplantes reforça a necessidade de comunicar à família o desejo de ser doador de órgãos. “Se a família tem o conhecimento prévio desse desejo, a gente acredita que ela vai atender. (…) Isso realmente facilita e é importante para uma tomada de decisão nesse momento em que é oferecida a oportunidade da doação”, reforça Eliana.

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