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Cesta básica tem alta de 9,10% em Fortaleza

Cesta básica tem alta de 9,10% em Fortaleza
Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (8), foi divulgado o levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que informa que o aumento acumulado do custo da cesta básica em Fortaleza foi de 9,10%. Só no mês de junho, o reajuste foi de 0,91%, elevando o valor médio da cesta para R$735,11, o que representa 52,35% do salário mínimo nacional atual, fixado em R$1.518.

Com esse custo, um trabalhador da capital cearense que recebe um salário mínimo precisa dedicar 106 horas e 32 minutos de jornada de trabalho apenas para adquirir os itens essenciais da alimentação. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta registrada em Fortaleza foi de 5,42%, pressionada principalmente pelo aumento expressivo de produtos como o café (80,52%) e a carne bovina (29,33%), ambos considerados básicos na mesa do brasileiro.

No panorama nacional, o comportamento da cesta básica foi heterogêneo. Em junho, os preços caíram em 11 das 17 capitais analisadas, com destaque para Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%) e Goiânia (-1,90%). Já entre as cidades onde o valor da cesta aumentou, Porto Alegre (1,50%) e Florianópolis (1,04%) lideraram as altas. No acumulado do primeiro semestre, todas as capitais pesquisadas registraram aumento no valor da cesta, sendo Fortaleza a campeã de reajuste, com os 9,10% já mencionados.

A análise do Dieese também revelou que, na comparação entre junho de 2024 e junho de 2025, quase todas as capitais tiveram reajustes positivos nos preços da cesta básica. As variações anuais oscilaram entre 1,73%, em Salvador, e 9,39%, em Recife. A exceção ficou novamente com Aracaju, que registrou queda de -0,83% no período.

Para o economista Paulo Henrique, conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), o aumento de 9,10% no custo da cesta básica é mais do que um dado estatístico, é um reflexo direto da dificuldade enfrentada diariamente por milhares de famílias.

De acordo com o especialista, “a falta de medidas estruturais para conter a alta dos preços dos alimentos, como incentivos à produção local, regulação de cadeias logísticas e políticas de estoques reguladores, escancara a ausência de uma estratégia consistente de segurança alimentar”.

 

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