A equipe de técnicos chineses que visitou fazendas produtoras de melão no Ceará e Rio Grande do Norte vai elaborar um relatório sobre a qualidade fitossanitária das instalações, a fim de que sejam iniciadas as exportações para aquele mercado consumidor.
De acordo com Luiz Roberto Barcelos, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), o resultado foi bastante positivo. “Esperamos abrir este grande mercado no segundo semestre deste ano, para aproveitarmos o período do inverno deles, que vai de novembro a março. Com isso, poderemos duplicar as exportações cearenses de melão”, ressaltou.
Sua opinião foi compartilhada pelo empresário Euvaldo Bringel, da Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), uma vez que as fazendas Agrícola Famosa (CE e RN) e Itaueira (CE) estão entre as maiores produtoras da fruta no Brasil. “Os chineses deixaram claro que gostaram muito do que viram, em especial porque o Ceará e o Rio Grande do Norte conseguiram controlar a praga da mosca das frutas, inclusive com reconhecimento do governo norte-americano, que é um dos mais exigentes do mundo. Vale ressaltar que o Governo do Estado tem um forte política de apoio aos agricultores”, destacou Bringel.
Ele lembrou que o Ceará exportou US$ 119 milhões em frutas, no ano passado, sendo que só de melão foram quase US$ 80 mi. Se o mercado chinês for aberto, pode representar US$ 200 milhões de exportações apenas dessa fruta. “Vale salientar que o Porto do Pecém é o maior exportador de frutas do Brasil e o do Mucuripe, em Fortaleza, foi o quarto, em 2015. Portanto, temos uma infraestrutura logística bastante adequada para esse tipo de operação”, destacou Euvaldo Bringel. Além disso, a conclusão do alargamento do Canal do Panamá encurtará a distância entre o Ceará e aquele país asiático.
O.E.