A manhã desta terça-feira (27/02) tem sido marcada pelas fortes chuvas que causaram alagamentos em praticamente todos os bairros de Santa Quitéria. Entre os impactos causados pelas chuvas, estão: localidades ilhadas, casas alagadas, perda de bens materiais, pontes sem acesso, sangria de açudes e cheias de rios. De acordo com dados da Fundação Meteorológica do Estado do Ceará (Funceme), neste mês de fevereiro, o nível de chuva do município está em 346,5 milímetros, quase três vezes acima do considerado normal (140.3mm). A informação mais atualizada até o momento, é que a chuva foi de 130mm até o começo desta tarde na sede do município.
Segundo moradores, a última vez que a chuva atingiu níveis semelhantes foi no ano de 1996. Alguns pais precisaram contar com a ajuda de um trator para possibilitar a travessia de volta para casa de seus filhos, que haviam ido para a escola. O caso aconteceu na ponte que liga o bairro Piracicaba ao Pereiros. Já no cruzamento das ruas Tabelião Francisco de Paula Lobo com Napoleão Camelo e João Pinto de Mesquita, depois de pelo menos 15 anos, o percurso voltou a alagar. A água está adentrando nas residências e o volume do rio segue aumentando rapidamente.
Para o restante do dia e da semana, a previsão é de mais chuvas. Nas redes sociais, está sendo frequente o pedido de ajuda de pessoas que tiveram suas casas alagadas. Joice da Silva Vasconcelos, que mora na Avenida Melquíades Mourão com seu marido e quatro filhos pequenos, perdeu todos os seus móveis e pertences devido ao alagamento de sua casa. Atualmente estão abrigados na igreja evangélica, próxima ao Tahen Hotel. A família pede doações de roupas, móveis, eletrodomésticos ou alimentos. O número para contato é (88) 9.9605-4574 (David Teixeira).
Um dos principais danos foi causado no supermercado O Dionísio, no Bairro Boa Vida, quando a correnteza invadiu, deixando a parte inferior completamente alagada, causando prejuízos, e necessitando encerrar as atividades mais cedo. A fábrica de calçados Democrata também enfrentou problemas por conta das chuvas, precisando interromper os serviços quando a água começou a cair dos canos, por conta de não terem suportado o volume de água, causando o rompimento dos canos e molhando parte do estabelecimento.
Fonte: A Voz de Santa Quitéria.