O senador Cid Gomes (PSB) convocou uma coletiva de imprensa para se posicionar de forma pública sobre o caso Júnior Mano, deputado federal do partido dele, que inclusive é investigado por suposto envolvimento com desvio de recursos públicos.
Nesta quarta-feira (16/07), Cid reiterou acreditar na inocência de Júnior Mano e não recuou sobre manter o apoio para que este parlamentar concorra ao Senado Federal no ano de 2026. Cid elencou seis pontos para justificar o seu posicionamento. Na ocasião, o político afirmou que Júnior tem sido vítima de de duas alas políticas: pessoas que o enxergam como adversários e figuras públicas que não querem que ele concorra ao Senado no lugar do próprio Cid.
“Existe alguma condenação sobre o Júnior Mano? Ele é uma pessoa honesta e está na política para ajudar. Me diga quem no Ceará detém o apoio de 29 prefeitos? São 29 gestores que acompanham a liderança do Júnior”, afirmou.
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O senador afirmou que a ex-prefeita de Canindé, Rosário Ximenes, foi a responsável por desencadear o início dessa crise política. De acordo com Cid, Rozário apresentou depoimentos [sem provas plausíveis que viraram “verdades absolutas” contra o deputado federal Júnior Mano.
Na avaliação de Cid, Rozário foi motivada por razões eleitorais. Em 2024, após derrota nas urnas, a então prefeita denunciou um suposto esquema de corrupção envolvendo lavagem de dinheiro e desvio de verbas parlamentares. Após a denúncia e com a prisão de Bebeto Queiroz, a Polícia Federal apreendeu uma série de provas e gravações de conversas e mensagens telefônicas que resultaram na formalização de processo contra o deputado federal.
Esquema com emendas parlamentares: Cid critica denúncias de Rozário Ximenes:
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Rozário Ximenes veio às redes sociais para rebater essas declarações. Segundo a ex-gestora, o senador utilizou o comitê de imprensa da Assembleia Legislativa para defender uma pessoa ligada ao crime organizado Rozário expôs seu sentimento de decepção com o senador, como também afirmou que se sentiu desrespeitada. “Eu o respeitava muito e até votava, mas agora não mais. O senhor utilizou a Casa Legislativa para defender um pau mandado do senhor, que é Júnior Mano. Todos nós sabemos que ele é ligado ao c4ime organizado”, afirmou.
Na mesma ocasião, Cid chegou a dizer que obteve depoimentos de que cinco deputados federais estariam envolvidos com esquema irregular de emendas parlamentares. O assunto foi repercutido por outros políticos do Ceará. O deputado federal Danilo Forte (União Brasil) cobrou que Cid revelasse quem são os deputados federais envolvidos em emendas parlamentares.Danilo Forte também lamentou que Cid viesse a público levantar suspeições sobre o trabalho da Polícia Federal.
“Você querer questionar a lisura da Polícia Federal? O que a Polícia Federal fez está errado? Quer dizer que o certo é ele dizer que tem cinco deputado federais que receberam propina e nãp dizer o nome? Diga quem são e assuma esse compromisso com a sociedade cearense”, enfatizou.
Confira a resposta dos políticos no Giro ANC:
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Dinheiro ou voto: Cid “explica” como funciona negociação das emendas:
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Cid Gomes cobrou sequência das operações que investigam o deputado federal Júnior Mano dentro das polêmicas que envolvem recursos públicos desviados. O senador afirmou ter a certeza de que o parlamentar é inocente, mas também lamentou o desgaste de uma imagem após os trabalhos de averiguação por parte dos órgãos competentes.
“Quantas tiveram? Cadê as sequência? Não é possível que você faça isso e que não tenha sequência nenhuma. Você desmoraliza uma pessoa, achincalha uma pessoa, e isso não tem sequência nenhuma. Eu não acho que isso seja certo”, afirmou.
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Júnior Mano se posicionou nas redes sociais após a coletiva concedida por Cid. Para ele, as palavras de Ciro vieram como um fortalecimento diante deste momento desafiador. “Agradeço ao senador Cid Gomes pelo apoio e confiança no meu trabalho. É um gesto que muito me honra, vindo de quem tem uma história de dedicação ao nosso Estado”, destacou Júnior Mano.
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O senador também levantou suspeição sobre a isenção do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ser o relator do caso. “Todo mundo identifica uma ligação do ministro Gilmar Mendes com a política do Ceará. Isso, ao meu juízo, recomendaria que ele passasse para outro ministro”, avaliou.
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