O desabamento de um muro em Fortaleza, que resultou na morte de uma idosa de 67 anos, tem gerado críticas ao prefeito Sarto Nogueira. Na Assembleia Legislativa, o deputado Cláudio Pinho (PDT) rebateu as declarações e afirmou que o caso registrado no Conjunto Ceará se tratou de uma fatalidade.
De acordo com o parlamentar, há uma grave postura ao tentar politizar o assunto e culpabilizar o prefeito de Fortaleza. “Eu procurei não levar nada para o campo pessoal, pois existem problemas em todos os municípios do Brasil. Uma árvore cai em cima de um muro, o muro cai em cima de uma pessoa e você quer culpar o prefeito?”, questionou.
Em contrapartida, o deputado afirmou que levou à Tribuna da Casa reclamações de alunos da rede estadual de ensino. Segundo o parlamentar, alunos denunciam a ausência de equipamentos em determinadas unidades.
“Eu trouxe aqui diversos casos de escolas a partir da movimentação dos alunos de uma comunidade. Não foi o político que foi lá e criou o fato, mas os próprios estudantes que querem a garantia do seu direito. Você acha certo não ter um toner para imprimir a tarefa dos alunos? Isso é o mínimo”, apresentou.
De acordo com o parlamentar, fatos como esse podem ser assemelhados às críticas direcionadas a Sarto Nogueira. Conforme Cláudio Pinho, para manter a coerência de seu posicionamento, é válido afirmar que casos como esse não são culpa do governador, mas exigem uma resposta do governo.
“Não é culpa do governador, mas do governo, que, junto com seus assessores, deve garantir as condições físicas para que os professores possam ter condições de repassar os conhecimentos e que os alunos possam ter condições de absorver esse conteúdo. Alguns políticos querem politizar essas questões, pois vão nas coxias filmar um pedacinho de mato ou achar uma goteira para fazer aquele Carnaval”, criticou.
Relembre
As fortes chuvas que caíram sobre a capital cearense no início desta semana causaram diversos transtornos. No bairro Conjunto Ceará, uma idosa de 67 anos morreu após ser atingida com a queda de um muro. O fato lamentável ocorreu na avenida Alanis Maria e foi confirmado pela Secretaria de Direitos Humanos e Defesa Social (SDHDS).
Segundo o titular da pasta, Francisco Ibiapina, a estrutura fazia parte do Centro de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH). O secretário afirmou, ainda, que os primeiros levantamentos apontam para uma sobrecarga das árvores do entorno, o que teria gerado a queda da estrutura.
Na oportunidade, Ibiapina garantiu que as equipes da Prefeitura iriam prestar todo o apoio necessário à família da vítima.
