Durante os dias 1º e 2 de julho, a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) atuou na segunda etapa da operação Estética com Segurança, promovida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O objetivo principal é assegurar a integridade dos serviços estéticos em todo o país.
Na ocasião, a Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) auxiliou na inspeção de oito clínicas localizadas em Fortaleza. Nesses locais, diversas infrações às normas sanitárias foram encontradas, resultando na autuação dos estabelecimentos e na apreensão de produtos irregulares.

Os agentes constataram o uso inadequado de materiais, incluindo produtos com validade expirada, cosméticos e equipamentos sem registro oficial e medicamentos manipulados sem a devida identificação. Além disso, também foi identificada a aplicação proibida de cosméticos injetáveis.
Quanto à documentação, alguns estabelecimentos apresentaram falhas consideradas graves. Dois operavam sem alvará válido, quatro tinham pendências na licença sanitária e três não possuíam o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
Como consequência das irregularidades, todos os oito locais tiveram produtos apreendidos. Em duas clínicas, a situação exigiu a interdição parcial até a regularização das condições sanitárias.

Um dos casos envolvia a oferta de plasmaferese, procedimento hemoterápico não autorizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e inadequado ao ambiente de estética devido aos seus riscos. Outra irregularidade envolvia a operação de consultório odontológico sem a utilização do autoclave, equipamento usado para a esterilização dos instrumentos.
Os autos de infração encaminhados deverão ser analisados nos processos administrativos, podendo acarretar penalidades como multas, interdições ou até o cancelamento das licenças, conforme as normas vigentes. Para Lianna Campos, responsável pelo Monitoramento e Avaliação da Agefis, a operação alcançou seu objetivo principal.
“Consideramos a ação bem-sucedida e de extrema relevância porque conseguimos tirar de circulação uma grande quantidade de produtos e equipamentos que certamente ofereceriam risco à saúde da população”, comentou.
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