PUBLICIDADE

Coleta de lixo no Nordeste é a menor entre as grandes regiões

Em 2024, a maioria dos domicílios brasileiros recebeu coleta de lixo: 86,9% têm serviço direto na propriedade e 6,2% contam com coleta por caçamba, totalizando 93,1%. Desde 2016, a coleta direta registrou crescimento constante, passando de 82,7% para os atuais 86,9%.

O Nordeste apresentou a maior evolução entre as grandes regiões, de 67,5% para 78,4%, embora ainda apresente o menor índice de cobertura. Em se tratando da diferença entre zonas urbanas e rurais, 93,9% dos domicílios urbanos têm coleta direta e apenas 33,1% das residências rurais contam com o serviço.

Coleta de lixo no Nordeste chega a 78,4%, mas ainda é a menor entre as grandes regiões
Foto: Reprodução

Apesar do avanço, aproximadamente 4,7 milhões de lares (6,1%) ainda queimam resíduos em casa. A prática é mais frequente nas regiões Norte (14,4%) e Nordeste (13,1%), somando 3,5 milhões de domicílios. Comparado a 2016, houve redução: no Norte, o índice caiu de 18,6%, e no Nordeste, de 17,2%. Nas áreas rurais, 50,5% das propriedades ainda recorrem à queima de lixo, enquanto 33,1% recebem coleta direta e 11,7% utilizam caçamba.

Esgoto

O panorama de saneamento também evidencia disparidades regionais e urbanas. Apenas 9,4% dos domicílios rurais possuem esgoto ligado à rede geral ou fossa séptica conectada, frente a 78,1% das residências urbanas. No país, a cobertura subiu de 68,1% em 2019 para 70,4% em 2024. William Kratochwill, analista da PNAD Contínua, observa que a expansão desses serviços em áreas rurais depende da proximidade de centros urbanos.

“Criar essa estrutura é moroso e caro, então a zona rural por ser afastada e dispersa torna a implantação mais complexa. Essa é uma justificativa para a zona rural ter essa carência no acesso tanto à rede geral de esgoto quanto de água”, explicou.

Coleta de lixo no Nordeste chega a 78,4%, mas ainda é a menor entre as grandes regiões
Foto: Reprodução

Entre os domicílios rurais, 36,8% (3,2 milhões) utilizam fossa séptica independente e 53,8% (4,6 milhões) adotam sistemas alternativos, como fossas rudimentares, valas ou lançamento direto em rios. Nas áreas urbanas, 12,4% (8,5 milhões) e 9,5% (6,5 milhões) seguem essas práticas, respectivamente.

As maiores defasagens de cobertura de rede de esgoto ocorrem no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No entanto, essas regiões registraram avanços entre 2019 e 2024: Norte (27,2% → 31,2%), Nordeste (46,7% → 51,1%) e Centro-Oeste (59,5% → 63,8%). Sudeste e Sul apresentam 90,2% e 70,2% de cobertura, respectivamente.

Além disso, 14,4% dos domicílios brasileiros (11,1 milhões) utilizam outro tipo de esgotamento, incluindo fossas rudimentares, valas ou lançamento direto em corpos d’água. O Norte concentra a maior proporção (36,4%), seguido pelo Nordeste (25,1%). O Sudeste apresenta a menor incidência, com 5,6%.

As informações são do módulo Características Gerais dos Domicílios e Moradores da PNAD Contínua, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (22/08). Esta é a primeira divulgação anual após a reponderação dos dados com base no Censo 2022, com estatísticas também disponíveis no Sidra.

Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Imprimir