Em balanço divulgado pela Polícia Federal, o combate ao crime organizado cresceu 70% no ano passado, o que causou um prejuízo às organizações criminosas na ordem dos R$ 5,6 bilhões, além de apontar uma queda no número no registro de porte de amor no ano passado.
“Em comparação a 2023, a descapitalização do crime organizado teve um impressionante crescimento de 70%. Em 2023, o prejuízo imposto às organizações criminosas foi de R$ 3,3 bilhões, em 2024, esse número saltou para R$ 5,6 bilhões”, disse o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski na apresentação dos dados. No fim do ano passado, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou um levantamento que apontou um faturamento anual de R$ 350 bilhões por parte do crime organizado, e que facções como o Comando Vermelho e PCC controlam a produção e distribuição de drogas tanto no Brasil como na Bolívia.
- Segundo a PF, houve queda nos números de pedidos de porte (- 30%) e registros para armas de fogo (- 11,6%) em 2024
“O enfrentamento ao crime organizado só pode ser feito a partir do enfrentamento do poder econômico e da prisão das principais lideranças, e é no que estamos trabalhando”, disse o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que destacou que as ações da PF já prenderam mais de mil pessoas em 2024, além de que as ações são voltadas a diferentes atividades criminosas, como práticas ligadas à área ambiental, de corrupção e droga, destacando que os números referentes ao impacto nesses grupos pode ser ainda maior dependendo de uma perícia ainda mais detalhada.
- Houve redução de 30% nas áreas desmatadas no Brasil. Segundo a PF, em 2023 o espaço desmatado foi de 16,5 mil km², enquanto em 2024, foram 11,5 mil km².
No balanço, foram destacadas as investigações feitas pelo órgão, como as 48,7 mil investigações iniciadas no ano passado que indiciaram ao menos 38,1 mil pessoas, com valores maiores que os registrados em 2023 – quando foram 44,5 mil e 33,3 mil, respectivamente. A taxa de solução dos inquéritos se manteve próxima do ano anterior, em 86%, o aumento foi de menos de 1 ponto percentual.
Já nas fronteiras, parcerias internacionais feitas na América Latina levaram a 402 operações nas referidas áreas, onde foram cumpridos 2.170 mandados de busca e apreensão, além de 531 prisões, entre preventivas e temporárias.
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