A criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi discutida nesta terça-feira (17/06), com a leitura do requerimento no Congresso Nacional pelo presidente da Casa, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Mesmo com o avanço formal, líderes partidários já afirmam que os trabalhos só devem começar no segundo semestre.
Entre os motivos para o atraso estão o calendário do Legislativo e o esvaziamento do Congresso nos próximos dias. A partir desta quinta-feira (19/06), feriado de Corpus Christi, parlamentares devem retornar aos seus estados para as festividades juninas. O recesso parlamentar, por sua vez, terá início em meados de julho, o que reduz ainda mais as chances de instalação da comissão antes disso.

O requerimento foi apresentado no mês passado com apoio superior ao necessário: 36 senadores e 223 deputados federais subscreveram o pedido. O número, no entanto, continuou crescendo com novas adesões, inclusive de integrantes da base governista.
Enquanto isso, o Governo Federal tenta conter o avanço da CPMI com o argumento de que há investigações em andamento conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Além disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) já obteve medidas judiciais para bloqueio de bens de associações suspeitas.
Na última semana, a 7ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal determinou o bloqueio de R$ 2,8 bilhões pertencentes a 12 entidades e seus dirigentes. O objetivo é garantir a reparação dos prejuízos causados às vítimas.
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