O julgamento da chacina que chocou a capital Cearense e levou a óbito 11 jovens, em novembro de 2015, deve ser concluído na noite desta sexta-feira (23), no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. O Júri sobre a Chacina do Curió começou na terça-feira (20), com quatro policiais miliares no banco dos réus.
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou um total de 45 pessoas por suposta participação no episódio, através da reunião de provas técnicas e científicas. A chacina ocorreu na madrugada do dia 11 para o dia 12 de novembro de 2015, na grande Messejana, em Fortaleza, quando policiais militares apaisana executaram jovens por vingança.
Dentre as provas apresentadas é possível ouvir em áudios, a movimentação de moradores ao acionar a polícia e o SAMU. Também há imagens de câmeras de segurança que registraram a aglomeração de policiais à paisana no bairro e o áudio de um policial militar de folga pedindo apoio de policiais de folga.
Foram ouvidas 240 pessoas e analisadas imagens de câmeras de segurança de comércios e condomínios residenciais dos bairros Curió e Lagoa Redonda, na capital cearense. Mensagens trocadas via WhatsApp e por rádios comunicadores da Polícia também fizeram parte da apuração para a elaboração da peça.
Os promotores averiguaram meticulosamente mais de 3.300 laudas, distribuídas em 12 volumes e 3 anexos de processos. Eles analisaram ainda, dados de fotossensores do entorno onde aconteceram os crimes e de GPS das viaturas policiais, além de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e informações sobre a localização de aparelhos celulares dos suspeitos.
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