De janeiro a julho de 2025, o número de conflitos em aeroportos e aviões no Brasil subiu 87% em relação ao mesmo período de 2024. Ao todo, foram contabilizados 979 casos neste ano, contra 523 no ano anterior, segundo levantamento exclusivo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
Os incidentes envolvem tumultos, brigas, depredações e agressões a funcionários, afetando o embarque e o fluxo de passageiros. Em Guarulhos (SP), por exemplo, foram registrados 15 boletins de ocorrência apenas em 2025, abrangendo crimes que vão de racismo a abusos. Em Pernambuco, disputas por prioridade no embarque após cancelamentos por mau tempo também resultaram em confrontos físicos.

Diante do aumento de casos, a Abear defende a adoção de regras mais rígidas para passageiros indisciplinados, já que a legislação atual permite que pessoas que causam tumulto embarquem novamente no dia seguinte.
“O que a gente tem hoje é um passageiro indisciplinado, ele é retirado do voo. Ele tenta fumar a bordo, agride um comissário e no outro dia volta a viajar. É exatamente isso que queremos evitar”, disse o diretor de operações de segurança de voo da Abear, Raul de Souza.
A Agência Nacional de Aviação (Anac), por sua vez, informou que está em fase avançada uma proposta de regulamentação específica para lidar com passageiros agressivos. O projeto está em ajustes finais internos.
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