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Construção civil busca mão de obra entre beneficiários do Bolsa Família

Com o intuito de ampliar a força de trabalho na construção civil no Brasil, o setor prevê a criação de 200 mil empregos formais em 2025 e pretende direcionar parte dessas vagas para beneficiários do Bolsa Família. O objetivo é suprir a carência de trabalhadores em diversas funções, já que a necessidade de mais profissionais acompanha a demanda crescente por novos empreendimentos.

Nesse sentido, um convênio foi assinado entre a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e o Ministério do Desenvolvimento Social. O acordo foi formalizado no último dia 20, durante o Summit Cbic Norte e Nordeste 2025, e faz parte do programa Acredita.

Construção civil busca mão de obra entre beneficiários do Bolsa Família
Foto: João Filho Tavares

De acordo com Renato Correia, presidente da Cbic, a iniciativa conecta trabalhadores inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) às vagas disponíveis. Na ocasião, ele também destacou que a construção civil oferece o segundo melhor salário médio de entrada no mercado, atualmente estimado em R$ 2,9 mil.

Como será a implementação?

A integração das bases de dados entre Cbic e Ministério do Desenvolvimento Social está entre as primeiras etapas do convênio. O objetivo é identificar profissionais com experiência para ocupar vagas específicas e oferecer capacitação para aqueles que estão ingressando na área.

A entrada no setor costuma acontecer pelo cargo de ajudante, permitindo que os trabalhadores conheçam as rotinas de um canteiro de obras antes de se especializarem em áreas como carpintaria e elétrica. Para facilitar essa formação, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) deverá atuar no treinamento dos novos profissionais.

Expansão do setor

Além da geração de empregos, os investimentos públicos no setor da construção também incluem projetos habitacionais. A Prefeitura de Fortaleza anunciou que pretende entregar 3,5 mil unidades habitacionais até 2026 dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. O investimento é de R$ 540 milhões.

Inclusão social

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social, aproximadamente 40 mil pessoas perdem seus empregos anualmente e voltam a depender do Bolsa Família. No entanto, outras 140 mil conseguem uma colocação no mercado formal e deixam de necessitar do benefício.

Segundo o ministro Wellington Dias, o emprego com carteira assinada não significa mais a perda imediata do Bolsa Família. “Uma família de cinco pessoas precisa alcançar uma renda acima de R$ 3.530, ou seja, cinco vezes R$ 706, que é o padrão per capita para sair da pobreza. Já são 16,5 milhões de admissões do povo do Bolsa Família e do Cadastro Único“, explicou.

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