A indústria da construção cearense gerou R$ 12,8 bilhões em valor de obras, incorporações e serviços em 2023. Apesar do desempenho, o setor enfrenta um cenário de retração no emprego e queda na remuneração média dos trabalhadores. Os dados são da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, 1.654 empresas atuaram no setor no Ceará em 2023, empregando cerca de 68,1 mil pessoas. Juntas, essas empresas pagaram R$ 2,2 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. No entanto, ao longo da última década, o setor perdeu 24,8 mil postos de trabalho no estado, uma queda de 26,7% no total de trabalhadores ocupados.

Mesmo com a redução na força de trabalho, o Ceará avançou no ranking regional e nacional. A participação do estado no setor da construção no Nordeste subiu para 16,2%, colocando o Ceará na segunda posição na região. Já no cenário nacional, o estado subiu da 11ª, em 2014, para a 10ª colocação, em 2023, em valor gerado por obras e serviços.
Infraestrutura
A pesquisa também revelou mudanças no perfil das atividades do setor nos últimos dez anos. A construção de edifícios, embora siga predominando, perdeu espaço: caiu de 50,7% em 2014 para 46,5% em 2023. Já o segmento de obras de infraestrutura cresceu, passando de 33,9% para 38,3% no mesmo período. Os serviços especializados para construção se mantiveram estáveis, encerrando 2023 com 15,2% de participação.
Remuneração
Outro dado abordado pela pesquisa é a remuneração média mensal dos trabalhadores da construção no Ceará, que foi de 1,9 salário mínimo em 2023. O valor é inferior à média nacional, de 2,2 salários mínimos e também está abaixo do que era pago em 2014 no próprio estado (2,1 salários mínimos).
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