Os dados mais recentes divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC) da Fecomércio-CE revelam que os consumidores de Fortaleza estão mais confiantes e apresentam níveis menores de endividamento. Os resultados das Pesquisas do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) e do Perfil do Endividamento do Consumidor referentes ao mês de julho de 2024 foram apresentados nesta quinta-feira (11/07).
O ICC atingiu 120,1 pontos em julho, um aumento de 3,1% em relação a junho, quando o índice era de 116,5 pontos. Comparado ao mesmo período do ano passado, que registrou 115,8 pontos, o crescimento é ainda mais expressivo. O aumento na confiança foi impulsionado tanto pelo Índice de Situação Presente (ISP), que cresceu 2,2% atingindo 109,7 pontos, quanto pelo Índice de Expectativas Futuras (IEF), que subiu 3,7%, chegando a 127,1 pontos.
A Pesquisa do Endividamento do Consumidor apontou que 74,8% dos consumidores em Fortaleza estavam endividados em julho, uma redução de 0,8 pontos percentuais em comparação a junho, quando o índice era de 75,6%. No entanto, esse percentual ainda é superior ao registrado em julho de 2023, que foi de 73,0%.

Perfil do consumidor
Em julho, 50,2% dos entrevistados consideraram o período favorável para a compra de bens duráveis. Os consumidores mais dispostos a realizar compras são predominantemente homens (51,1%), jovens entre 18 e 24 anos (58,2%) e aqueles com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos (59,0%).
Um total de 72,4% dos consumidores avalia que sua situação financeira atual é melhor ou muito melhor do que há um ano. Quanto às expectativas futuras, 86,9% acreditam que sua situação financeira irá melhorar ou melhorar muito nos próximos meses. Sobre o ambiente econômico nacional, 62,5% dos consumidores estão otimistas quanto à melhoria do cenário econômico nos próximos doze meses.
Endividamento e comprometimento de renda
A pesquisa revelou que o índice de consumidores com contas em atraso se manteve praticamente estável, passando de 20,9% em junho para 21,0% em julho, número inferior ao registrado em julho de 2023, que era de 24,0%. Entre os inadimplentes, predominam os homens (21,4%), pessoas com mais de 35 anos (23,4%) e aqueles com renda familiar de até cinco salários mínimos (21,8%).
Os consumidores de Fortaleza destinam, em média, 45,2% da renda familiar para o pagamento de dívidas, um aumento em relação aos 43,9% de junho e superior aos 40,4% de julho de 2023. O endividamento médio é de R$ 1.854, com um prazo médio de nove meses para quitação. Os principais instrumentos de crédito utilizados são cartões de crédito (79,6%), financiamentos bancários (16,5%), empréstimos pessoais (11,0%) e carnês/crediários (6,5%).
Principais causas do endividamento
Os gastos correntes são os principais responsáveis pelo endividamento, destacando-se a aquisição de alimentos a prazo (62,3%), despesas com saúde (28,0%), compra de vestuário (27,4%) e pagamento de aluguel residencial (24,2%).
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