Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), criminosos se aproveitaram de ataques reais promovidos por uma facção criminosa para aplicar golpes em empresas provedoras de internet. Pelo menos dez casos foram identificados pelo órgão, mas não há prisões até o momento.
Ao perceber o medo instaurado no setor, os golpistas passaram a telefonar para empresas, cobrando valores que chegavam a R$ 30 por cliente. Em troca, prometiam não interferir nas atividades dos provedores.
De acordo com o promotor de Justiça Adriano Saraiva, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), as ameaças ocorriam tanto em Fortaleza quanto em cidades do interior. No entanto, as regiões abordadas não apresentavam qualquer presença da facção mencionada nas ligações.

As investigações conduzidas pelo Ministério Público revelaram que os envolvidos não têm qualquer conexão com organizações criminosas. “A gente identificou através dos antecedentes e também que nessas localidades não há área de domínio nem de atuação do Comando Vermelho. Então isso deixou realmente claro que eles estavam apenas usando isso para tentar intimidar as pessoas e elas cederem e passarem o dinheiro para eles”, explicou.
Paralelamente aos golpes, ataques reais continuam a atingir empresas do setor em diversas cidades do estado. Em Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante, pelo menos cinco provedores sofreram represálias após se recusarem a pagar a “taxa” imposta pela facção.
Através de nota, a Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS) recomendou que vítimas de estelionato registrem boletim de ocorrência. O procedimento pode ser feito presencialmente ou por meio da Delegacia Eletrônica (Deletron).
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