A Notícia do Ceará
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Crise de credibilidade na política pode prejudicar eleições deste ano

dsc_0230O ano mal começou, mas as eleições municipais, marcadas para outubro, já estão na pauta das lideranças políticas. Até junho, quando ocorrem as convenções partidárias, os candidatos devem se movimentar atrás de apoios e estratégias para superar os adversários. Mas o principal desafio dos que concorrerão ao pleito é mesmo conseguir espaço para chegar ao convencimento do eleitor diante da falta de credibilidade que envolve a classe política.

A dificuldade será tanto para os candidatos à Prefeitura de Fortaleza como para os vereadores que buscarão reeleição na Capital, principalmente para os que não são conhecidos, mesmo no caso dos que vão contar com o apoio dos parlamentares que estão deixando a vida pública.

“O cenário político lá de Brasília escorre para todos os outros estados, fazendo com que os eleitores não tenham mais aquela alegria de votar. Vejo um espaço pequeno e difícil em outubro deste ano”,afirmou o vereador Iraguassú Teixeira (PDT), que após 28 anos de mandato, vai desistir de sua candidatura para apoiar a do seu filho, José Iraguassú Teixeira.

“Atualmente, a classe política está desacreditada”, aponta, aconselhando que os novos políticos devem “seguir os caminhos da democracia, sendo honesto, assumir o compromisso que lhe ficou confiado e, com isso, acredito que muitos irão fazer um bom trabalho pelo município”, finaliza.

Difícil
Na mesma linha, também afirma o vereador Adail Fernandes Júnior (PDT), que segue para o seu terceiro mandato. “Acredito que será uma das eleições mais difíceis”, analisa. “As pessoas estão tendo muito motivo para desacreditar na política. Mas acho que, mesmo assim, os candidatos vão encarar os problemas de frente”, ressalta.

Conforme Adail, essa dificuldade ainda se perdurará para outras eleições. “Estamos acompanhando as denúncias, e não sabemos se elas começaram agora, ou se nem começou ainda, o que afetará os próximos pleitos”, acrescentou.

“Vai ser difícil não só para o político como para o povo. Agora as empresas têm limite para doar, e o tempo ideal de campanha de 45 dias para debater com o povo”, ressalta.

Otimismo
O vereador Deodato Ramalho (PT) é otimista. “A política é dinâmica, então o cenário deste mês será o mesmo de outubro”, afirma. O petista salienta que toda eleição tem uma “característica” e“dinâmica” própria. “Estamos, de fato, vivendo um momento conturbado, por conta da crise econômica e, evidentemente, tem repercussão no processo eleitoral, principalmente quem está na vitrine”, afirma.

Porém, Deodato pondera ainda que a eleição vai depender de como o País estará no segundo semestre. “Em Fortaleza, do ponto de vista partidário, o PT é um dos partidos mais simpatizantes. Vai ter confronto do que foi a gestão da Luizianne Lins (PT) com o Roberto Cláudio (PDT), nesse comparativo, nós vamos sair ganhando”, assegurou.

Calendário Eleitoral
É importante destacar que, com a aproximação do pleito, os candidatos devem seguir um rito para oficializar a candidatura. Conforme o calendário eleitoral, o dia 2 de abril será a data-limite para que os candidatos estejam com a filiação deferida, no âmbito partidário, para participarem do pleito.

Conforme o Tribunal Superior Eleitoral, no dia 1º de julho não serão mais veiculadas propagandas partidárias gratuitas, previstas na Lei nº 9.096/1995, nem será permitido nenhum tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão. No calendário eleitoral, o dia 9 de setembro, 30 dias antes do pleito, é o último dia para os órgãos de direção dos partidos políticos preencherem as vagas remanescentes para as eleições proporcionais.

Polítca com K –  Com informações do OE

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