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Cunha arquiva mais dois pedidos de impeachment de Dilma

dilma-e-cunhaO presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou na quinta-feira (4) mais dois pedidos de impeachment formulados contra a presidente Dilma Rousseff.

Um deles foi apresentado pelo presidiário Adriano Rodrigues de Oliveira, que cumpre pena na Penitenciária Masculina de Mairinque, em São Paulo. De acordo com a secretaria responsável pela análise desse tipo de requerimento, inadequações formais como inexistência de reconhecimento de firma inviabilizaram a demanda.

O pedido do presidiário foi escrito à mão, nos moldes da carta com o mesmo propósito redigida por outro detento em 2014, como o site Congresso em Foco revelou em novembro daquele ano – condenado a seis anos e 11 meses de prisão, João Pedro Boria Caiado de Castro reescreveu e reapresentou o requerimento em outubro do ano passado, como este site também revelou em primeira mão, querendo a deposição de Dilma por crime de responsabilidade.

Contas
Já Adriano Rodrigues, no pedido arquivado hoje, diz que a petista “usou do cargo que ocupa como presidente e usou dinheiro do STU [sic] para estar pagando outras contas”. Ao que indica, o requerente quis fazer menção ao Tribunal de Contas da União (TCU) e às chamadas pedaladas fiscais, quando recursos de bancos serviram para custear programas sociais – razão que, somada a outras, fez com que o TCU recomendasse ao Congresso a rejeição das contas presidenciais referentes a 2014.

Lewandowski
Encaminhada aos cuidados do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, a carta registra informações pessoais de Adriano (RG e CPF, por exemplo, além do endereço do cárcere) é encerrada com o apelo “em nome dos presos, dos negros, indigentes, idosos, dos pobres e dos silenciosos” – sem explicar a que se refere nesta última categoria. O preso também pediu ao ministro o envio do material à Câmara, alegando não conhecer o endereço da Casa legislativa.

Erro
O outro pedido de impeachment arquivado, assinado pelo cidadão Renacleyton da Silva e Silva, cometeu o erro de atribuir a prática de crime comum à presidente, quando a legislação do impeachment só versa sobre crime de responsabilidade (Lei 1.079/1950).

32 pedidos
Ao todo, o departamento competente da Câmara já examinou 32 protocolos de deposição presidencial, dos quais apenas um teve consecução autorizada por Cunha em dezembro. Formulada por juristas, a demanda resultou em processo que transcorrerá ainda neste ano contra a mandatária.

Poítica com K – Com informações do Congresso em Foco

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