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Custos dos planos de saúde para jovens sobem 105% e superam gastos com idosos

Os gastos assistenciais com beneficiários de planos de saúde na faixa etária de 0 a 18 anos tiveram um crescimento de 105% no Ceará ao longo dos últimos cinco anos, superando os custos relacionados ao atendimento de pessoas com 59 anos ou mais. A informação é da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que apontou um aumento de 58,13% no mesmo período para o público idoso.

Em números absolutos, as despesas com crianças e adolescentes passaram de R$ 426,8 milhões em 2019 para R$ 877,5 milhões em 2024. Esses valores correspondem a procedimentos como internações, consultas, exames, terapias e serviços profissionais, sem incluir a assistência odontológica.

Entre os principais fatores para a alta, o setor destaca o aumento do número de diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) na infância e adolescência. Outro fator que tem pressionado os custos é a escassez de profissionais e de centros especializados, gerando maior demanda por serviços e elevação das despesas.

Custos dos planos de saúde para jovens sobem 105% e superam gastos com idosos
Foto; Reprodução

Além da alta procura por atendimentos relacionados ao TEA, há outro fator que pesa no aumento: a judicialização. Os gastos com ações judiciais e os custos decorrentes de decisões judiciais, obrigando o custeio de tratamentos negados pelos planos, impactam diretamente os números do setor.

Apesar disso, a ANS garantiu que, até o momento, não há previsão de reajustes direcionados aos planos voltados ao público mais jovem. Conforme a legislação vigente e as normas da ANS, os reajustes são aplicados conforme as faixas etárias e seguem limites definidos.

Por exemplo, o valor cobrado dos beneficiários com 59 anos ou mais não pode ultrapassar em mais de seis vezes o preço da primeira faixa (0 a 18 anos). Além disso, a variação acumulada de preços entre as últimas faixas deve respeitar um limite proporcional em relação às anteriores.

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