Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024, o deputado federal Danilo Forte (União Brasil) afirmou que ainda não foi encontrado um consenso sobre a inclusão de verbas públicas para o Fundo Eleitoral. Mesmo diante deste cenário incerto, o parlamentar reafirmou o seu posicionamento de que tal financiamento deva vir do setor privado.
Na visão de Danilo Forte, mesmo com sua posição contrária, o tema não pode deixar de ser discutido, já que o financiamento de campanhas pode conflitar com aplicação de recursos em áreas cruciais para a população. “Até agora não foi encontrado um ponto de equilíbrio, mas com certeza parlamentares não vão querer tirar suas emendas porque não vão deixar de levar recursos para sua base”, explicou.
Para Danilo Forte, os recursos eleitorais acabam disputando espaço com investimentos em áreas como Saúde e Educação. “Eu sempre defendi o fundo eleitoral privado, com as empresas e as pessoas contribuindo com seus candidatos para elegê-los, e não tirando do poder público”, destacou.
Entenda
O relator comentou, ainda, sobre o maior poder de compra na mão da população e como ações nesse sentido podem contribuir para a rodagem da máquina pública. “Eu tenho condenado essa política de imposto e juros altos. A inflação tira o dinheiro do bolso do povo. O povo com menos dinheiro compra menos. Caindo o consumo cai também a arrecadação. É preciso induzir investidores a gerar empregos e oportunidades”, enfatizou.
No Brasil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias tem como a principal finalidade orientar a elaboração dos orçamentos fiscais e da seguridade social e de investimento do Poder Público, incluindo os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e as empresas públicas e autarquias.