Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), o deputado estadual De Assis Diniz (PT), denunciou um grupo que operava como uma rede de espionagem e execução com interesses políticos. Ao investigar o assassinato de um advogado em Cuiabá (MT), em 2023, a Polícia Federal revelou a atuação de uma organização clandestina autodenominada “Comando C4”, sigla para “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”.
Na tribuna, o parlamentar ainda expôs uma tabela divulgada pela polícia que revela o preço cobrado pelos criminosos para executar alvos: R$ 50 mil por civis, R$ 100 mil por deputados, R$ 150 mil por senadores e até R$ 250 mil por membros do Judiciário.
“Isso é um fato de extrema gravidade e que não pode ser normalizado. Até porque a organização criminosa era composta também por militares da ativa e da reserva”, comentou.
De Assis fez, ainda, um paralelo com episódios de violência política, como o atentado do Riocentro, em 1981, e ataques mais recentes, como os atos do 8 de janeiro de 2023 e a tentativa de atentado no aeroporto de Brasília. “Essas pessoas tinham acesso a armamentos pesados, equipamentos exclusivos para forças de segurança e informações privilegiadas. Isso deverá ser apurado com muito rigor. Não vamos tolerar criminosos querendo atacar o estado democrático de direito”, pontuou.
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