O deputado estadual De Assis Diniz (PT) conversou com a ANC sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo que o caso deve ser compreendido dentro do âmbito legal e institucional, e não como motivo de celebração ou revanchismo político. Em declaração, o parlamentar afirmou que sempre adotou uma postura firme de enfrentamento aos crimes atribuídos ao ex-presidente, mas ressaltou que não defende punições arbitrárias.

“Eu não defendo que ninguém vá para a cadeia aleatoriamente. Não acho que a desgraça e a miséria do outro devam ser celebradas ou festejadas. Não se trata disso”, afirmou o deputado, destacando que o debate deve se concentrar no respeito às normas democráticas.
Segundo De Assis Diniz, o país vive no “mundo do dever ser”, guiado pelo direito, pelas instituições e pelo respeito ao processo democrático — elementos que, segundo ele, foram atacados durante os episódios que culminaram nas investigações envolvendo Bolsonaro. “Nossa institucionalidade, tendo como centralidade a democracia, foi atacada. Tentaram dar um golpe de Estado. Felizmente, não deram. E esses crimes tiveram ampla repercussão.”
O deputado relembrou que o ex-presidente foi submetido a um processo investigatório conduzido com transparência, direito à defesa, contraditório e devido processo legal. O desrespeito às medidas cautelares, segundo ele, levou ao agravamento da situação jurídica de Bolsonaro.
“Bolsonaro já estava preso, é verdade, em prisão domiciliar. E ele tentou, entre outras coisas, criar embaraço, criar confusão. A última foi romper a tornozeleira, o que levou à necessidade da prisão preventiva”, pontuou.
De Assis ainda citou que a postura do ex-presidente e de seus filhos contribuiu para a configuração das responsabilidades legais no processo.
Para o parlamentar, decisões judiciais precisam ser respeitadas. “Decisão judicial se discute nas instâncias, mas se cumpre. É isso que eu defendo.”
Ver essa foto no Instagram
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.


