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Defesa contesta prisão preventiva e afirma que Bolsonaro sempre colaborou com a Justiça

Advogado Paulo Cunha Bueno diz que ex-presidente enfrenta quadro de saúde “extremamente frágil” e que tornozeleira eletrônica foi usada como instrumento de humilhação

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou neste sábado (22) após a decretação de sua prisão preventiva, motivada pela violação da tornozeleira eletrônica. O advogado Paulo Cunha Bueno afirmou que Bolsonaro sempre colaborou com a Justiça, compareceu a todos os atos do processo e jamais se esquivou, chegando inclusive a se apresentar espontaneamente no momento do recebimento da denúncia.

Bueno destacou que Bolsonaro é idoso e enfrenta problemas de saúde “pública e ostensivamente graves”. Desde a facada sofrida em 2018, o ex-presidente passou por seis cirurgias de longa duração, a última com doze horas, e por repetidas internações por semi obstruções intestinais, além de ter tratado um quadro de erisipela. Segundo o advogado, Bolsonaro vive em condição “extremamente frágil”.

O defensor classificou como “inconcebível” que o ex-presidente Fernando Collor de Mello esteja em prisão domiciliar por apneia do sono e doença de Parkinson, enquanto Bolsonaro permanece detido nas instalações da Polícia Federal, mesmo apresentando, segundo ele, um estado de saúde mais severo.

Sobre a violação da tornozeleira, Bueno afirmou que a narrativa construída para justificar a prisão “tenta justificar o injustificável”. Segundo ele, Bolsonaro não teria qualquer possibilidade de evasão, já que há uma viatura com agentes federais armados na porta de sua residência 24 horas por dia, sete dias por semana. Para o advogado, a tornozeleira eletrônica tornou-se “um símbolo da pena infamante”, imposta apenas para humilhá-lo, sem necessidade prática. Ele afirma desconhecer outro caso no país de monitorado eletrônico que conviva ao mesmo tempo com escolta permanente da Polícia Federal.

Confira aqui o Despacho de Alexandre de Moraes

 

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